O Conselho Federal de Medicina (CFM) considerou decepcionante o resultado da pré-inscrição no Mais Médicos. De um total de 18.450 profissionais cadastrados na primeira rodada do programa, apenas 4.657 – ou 25% – finalizaram o registro e estão aptos a serem enviados para cidades do interior e periferias de regiões metropolitanas.

Em nota oficial  o CFM criticou o projeto do Governo Federal: “Os dados confirmam a decepção dos candidatos com a proposta quando constatam a falta e/ou fragilidade de garantias de condições para o exercício da medicina (infraestrutura, apoio de equipes ou supervisão adequada) e a inexistência de direitos trabalhistas típicos de vínculos precários (sem carteira assinada), como inexistência de FGTS, 13º salário ou mesmo férias remuneradas”.

Dos médicos devidamente cadastrados, 3.891 atuam no país e 766 no exterior.  O Ministério da Saúde assevera que os dados não são definitivos, já que a inscrição encerrou apenas para os médicos que vivem no Brasil. Para os que atuam no exterior (incluindo brasileiros e estrangeiros) o período para se cadastrar vai até 8 de agosto. Uma nova rodada de inscrições também deve ocorrer em 15 agosto.

Ao todo, 3.511 cidades aderiram ao programa e a demanda é superior a 15 mil médicos. Lançado em julho como medida provisória, o Programa Mais Médicos tem como meta levar profissionais para atuar, por três anos, na atenção básica à saúde em regiões pobres do Brasil. O Ministério da Saúde pagará bolsa mensal de R$ 10 mil para os participantes.