Estatísticas e Análises | 7 de novembro de 2018

Novo medicamento para hepatite C poderá gerar uma economia de até 175 milhões de reais no primeiro ano

SOF/VEL atende a todos os genótipos da doença
Novo medicamento para hepatite C poderá gerar uma economia de até 175 milhões de reais no primeiro ano

Indicado para o tratamento da infecção crônica pelo vírus da hepatite C (HCV) em adultos, a associação entre o sofosbuvir e velpatasvir (SOF/VEL) foi incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de Portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU). Em até 180 dias, conforme estabelecido no Decreto nº 7.646/2011, o medicamento estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo informações do relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), “pela avaliação econômica demonstrou-se que o tratamento com SOF/VEL poderá gerar uma economia entre 155 a 175 milhões de reais no primeiro ano de incorporação, se comparado aos tratamentos atualmente disponíveis”.

Atualmente, estima-se que cerca de 700 mil pessoas estejam cronicamente infectadas pela doença no Brasil, e dessas, 85% não sabem que a possuem. Ela é causada pelo HCV, um vírus que provoca infecção aguda e crônica do fígado. A gravidade da hepatite C pode variar e, em casos mais avançados, pode evoluir para cirrose e câncer hepático.

O SUS oferece algumas terapias medicamentosas (cada uma indicada a algum tipo de genótipo da doença, que varia de 1 a 6) que atuam diretamente no HCV, interrompendo a sua replicação, e constituem avanços no combate à doença e suas complicações. Já esse novo medicamento tem uma novidade: ele é pangenótipo, portanto, é indicado a todos os genótipos da doença. Sua indicação é por via oral, uma vez por dia, com ou sem alimentos, dependendo da condição clínica dos pacientes. O tratamento pode durar apenas 12 semanas, com alta eficácia e segurança.

A terapia será utilizada de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) que será atualizado com a inclusão do novo tratamento e suas indicações.

Acesse aqui o relatório técnico da Conitec que auxiliou o Ministério da Saúde na tomada de decisão pela sua incorporação.

 

 

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