Tecnologia e Inovação | 28 de junho de 2017

Novo ataque de vírus atinge hospitais brasileiros

Ataque provoca ações de quarentena como colocar equipamentos em modo off-line
Novo ataque de vírus atinge hospitais brasileiros

Um novo ataque cibernético envolvendo vírus do tipo ransomware está infectando computadores ao redor do mundo, desde terça-feira, 27. Enquanto países na Europa tiveram máquinas, servidores e computadores sequestrados, computadores no Brasil também começaram a ser invadidos pelo suposto malware Petya — similar ao WannaCry, que invadiu 300 mil sistemas em mais de 150 países no começo de maio deste ano.

Algumas empresas desligaram computadores após um possível ataque do vírus, sendo as principais afetadas agências de publicidade e hospitais. A agência Mirum, o Grupo WPP e agência I-Cherry já relataram problemas com invasões, segundo o site Tecmundo.

Unidades do Hospital do Câncer e a Santa Casa de Barretos, no interior de São Paulo, foram afetadas pelo ataque do malware. De acordo com a página do Facebook do Hospital do Câncer, as unidades de Jales (São Paulo) e Porto Velho (Rondônia) — além dos Institutos de Prevenção — também tiveram os computadores sequestrados pelo ataque. “Devido ao incidente envolvendo vírus computacionais, houve a interrupção de alguns processos assistenciais”, explica a instituição.

“Alguns aparelhos dependem da tecnologia, dos computadores, para que possam funcionar. Para garantir a segurança do paciente, até que o sistema volte ao normal, o tratamento nessas máquinas estará parado”, disse o coordenador médico da instituição, Daniel Marconi.

Segundo o médico e diretor clínico do hospital, Paulo de Tarso, o atendimento para situações emergenciais não foram suspensas. No entanto, consultas e demais procedimentos deverão ser remarcados. “As situações de urgência e emergência estão sendo atendidas. Os que tiverem consultas e procedimentos é melhor vir ao hospital para que possam ser reagendados”, disse.

De acordo com o coordenador do Departamento de Tecnologia da Informação (TI) da instituição, Douglas Vieira dos Reis, o ataque foi similar com o que aconteceu em várias empresas no mundo há cerca de dois meses. “É um programa que se aproveita da vulnerabilidade do sistema. Ele entra e criptografa alguns dados e lança uma tela pedindo resgate das informações”, disse. A previsão é que o sistema do hospital esteja normalizado e em funcionamento em até três dias.

Sobre o Petya

O hack explora uma falha no sistema operacional para propagar um malware do tipo ransomware chamado Petya. O vírus desse tipo bloqueia os dados críticos do usuário e o obriga a pagar uma taxa de resgate.

Ataque anterior

No primeiro ataque desse ano, foram afetados, pelo menos 45 hospitais e outras instalações médicas. Durante o ataque, os médicos não conseguiam acessar os dados dos pacientes, obrigando o cancelamento de atendimentos e até cirurgias.

Os hospitais foram instruídos a colocar equipamentos vitais – como scanners de ressonância magnética e instalações de raios-X -, no modo off-line durante o último ataque.

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