Estatísticas e Análises | 29 de julho de 2024

Novas terapias são adotadas para Linfoma não Hodgkin

Número de casos com esse tipo de câncer poderá aumentar em quase 50% nos próximos 20 anos.
Novas terapias são adotadas para Linfoma não Hodgkin

Um dos dez tipos de câncer mais frequente no Brasil, o Linfoma não Hodgkin afeta o sistema linfático, mais especificamente o linfócito, uma célula do sistema imune essencial para a nossa proteção, provocando crescimento e multiplicação desordenados e sem controle. Esta alteração causa tumores, invasões de outros órgãos e prejuízo à imunidade.

O hematologista Dr. Leo Sekine, integrante da Oncoclínicas RS (Oncoclínicas&Co.), alerta que a incidência tem crescido progressivamente por diversas razões, especialmente pelo aumento da longevidade, o que impacta no desenvolvimento de linfomas que são mais comuns à população idosa. O especialista afirma que um levantamento recente do Globalcan estima que nos próximos 20 anos haverá um incremento de quase 50% no número de casos diagnosticados no mundo.


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No entanto, boa parte dos linfomas pode ser controlada se for detectada precocemente. O tratamento irá depender do subtipo de linfoma encontrado, seu estágio e as condições do paciente. “De forma geral, predomina o tratamento quimioimunoterápico, associado ou não à radioterapia. Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea [TMO]”, afirma Dr. Sekine.

O especialista acrescenta que novas alternativas têm sido aplicadas, sobretudo para aqueles que não apresentam uma resposta satisfatória às terapêuticas iniciais. Entre elas está a terapia celular avançada com o uso de células geneticamente modificadas, as chamadas células CAR-T, que visam identificar e destruir as cancerígenas de forma seletiva e através de um receptor celular produzido em laboratório.

Os três principais sintomas do Linfoma não Hodgkin são febre inexplicada, suores noturnos intensos e emagrecimento espontâneo. Além disso, pode ocorrer o surgimento de caroços em regiões, como o pescoço, axilas e virilhas. “É muito importante que todos saibam reconhecer os sinais e, uma vez suspeitando de alguma anormalidade, agendem uma avaliação clínica com seu médico de confiança”, salienta o Dr. Sekine.


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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), entre os principais fatores que podem levar ao surgimento da neoplasia estão sistema imune comprometido em consequência de doenças genéticas hereditárias, transplante de órgãos, doenças autoimunes ou infecção pelo HIV, uso de drogas imunossupressoras, presença do vírus Epstein-Barr (EBV), do vírus linfotrópico de células-T humanas do tipo 1 (HTLV-1), ou da bactéria Helicobacter pylori. Ter parentes de primeiro grau com linfoma também aumenta a chance de desenvolver a doença. Já os riscos ocupacional e ambiental estão associados à exposição a substâncias químicas (pesticidas, benzeno), radiação ionizante e radiação ultravioleta.

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