Mundo, Tecnologia e Inovação | 20 de julho de 2015

Novas drogas experimentais mostram progresso no tratamento de Alzheimer

Pesquisas se mostraram promissoras na redução da progressão da doença
alzheimer

Pesquisadores do mal de Alzheimer estão otimistas quanto à chegada de um novo e mais efetivo tratamento nos próximos anos. Drogas experimentais das empresas Eli Lilly e Biogen têm se mostrado promissoras na redução da progressão da doença e atraíram a atenção de investidores e pacientes. As novidades estão sendo tratadas na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (CIAA), que teve início no dia 18 de julho, em Washington, EUA.

Após décadas de pesquisas que não tiveram resultados realmente inovadores, incluindo 123 drogas que fracassaram no tratamento da doença, os principais pesquisadores da área disseram agora estar mais confiantes sobre a chegada de um tratamento efetivo.

Os medicamentos da Eli Lilly e Biogen estão nas fases iniciais de desenvolvimento e ainda há o risco de serem ineficazes, assim como substâncias anteriores. Mas os pesquisadores da área adquiriram amplo conhecimento sobre as transformações do cérebro afetado pelo Alzheimer e, assim, esperam ser mais precisos em relação a como e quando intervir com remédios.

As drogas da Lilly e da Biogen bloqueiam a beta-amilóide, proteína que causa placas cerebrais tóxicas características da doença (http://setorsaude.com.br/estudo-faz-descoberta-que-pode-revolucionar-o-combate-ao-alzheimer/). “Seria prematuro dizer que tivemos um avanço decisivo, mas existem muitas coisas em andamento que são bastante promissoras”, comentou Steven Ferris, que dirige o programa de testes clínicos sobre Alzheimer no Centro Médico Langone da Universidade de Nova York e com mais de 40 anos de experiência com testes na área.

A Biogen aposta em um anticorpo chamado aducanumab. Em março, a empresa divulgou que as doses de 3 mg e 10 mg do tratamento levaram a um efeito estatisticamente significativo após 54 semanas. A empresa também está colhendo dados sobre os pacientes que receberam 6 mg de aducanumab e, se tudo correr como o esperado, deverá começar testes em fase final ainda este ano. Mesmo que no início dos experimentos, o sucesso clínico do aducanumab estimulou uma reavaliação generalizada de anticorpos semelhantes em toda a indústria, como a do laboratório Astra Zeneca (http://setorsaude.com.br/droga-demonstra-avancos-para-o-a-recuperacao-da-memoria-ocasionada-pelo-alzheimer/).
Já a Lilly trabalha com solanezumab, um anticorpo que já falhou em testes anteriores, mas agora, com uma nova abordagem. Em 2012 a droga não conseguiu apresentar melhoras em comparação ao placebo. Porém, uma revisão do estudo mostrou um efeito positivo sobre pacientes em estágios leves do Alzheimer. Assim, a empresa estendeu os ensaios por mais dois anos, cujos dados estão programados para serem apresentados na CIAA, no dia 22 de julho.

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