Estatísticas e Análises | 4 de março de 2017

Nova possibilidade para regeneração do pâncreas

Dieta em fase inicial conseguiu regenerar um tipo especial de célula no pâncreas chamada célula beta
Nova possibilidade para regeneração do pâncreas

Pesquisadores dos Estados Unidos pesquisaram uma possível dieta em jejum capaz de acionar uma regeneração do pâncreas, restaurando a função do órgão que ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. Mesmo que ainda esteja em fase de teste com animais, este é um importante avanço na luta contra a diabetes. Especialistas responsáveis pelo estudo publicado na revista Cell, disseram que as descoberta foi “potencialmente muito emocionante”, pela possibilidade de se tornar um um novo tratamento para a doença.

É uma dieta de cinco dias pobre em calorias, baixa em proteínas, com baixo teor de carboidratos e alta insaturação. Ela se assemelha a uma dieta vegana com nozes e sopas, mas com cerca de 800 a 1.100 calorias por dia. Mesmo com essa alimentação durante esse tempo, os ratos tiveram os outros 25 dias comendo o que queriam, parecido com dietas para emagrecer utilizadas por humanos.

Os experimentos com animais mostraram que a dieta regenerava um tipo especial de célula no pâncreas chamada célula beta. Estas são as células que detectam o açúcar no sangue e liberam o hormônio insulina se ele fica muito alto.

Dr. Valter Longo, pesquisador da Universidade do Sul da Califórnia, afirmou que fazer com que os ratos fiquem em um estado extremo e, em seguida, trazê-los de volta ao normal, deixando eles passarem fome e depois alimentá-los novamente, faz com que as células do pâncreas façam algum tipo de reprogramação de desenvolvimento que reconstrói a parte do órgão que não está mais funcionando.

Houve benefícios tanto no tipo 1 como no diabetes tipo 2 nas experiências com o rato. Tipo 1 é causada pelo fato do sistema imunológico destruir células beta e o tipo 2 é em grande parte causado pelo estilo de vida e o corpo já não responde à insulina. Outros testes em amostras de tecido de pessoas com diabetes tipo 1 produziram efeitos semelhantes.

De acordo com o Dr. Longo, o futuro dessa dieta pode ser promissor. “Medicamente, estas descobertas têm o potencial de ser muito importante porque temos mostrado ,pelo menos em modelos de ratos , que você pode usar a dieta para reverter os sintomas da diabetes”, afirma.

As descobertas podem ser ainda mais promissoras pela possibilidade de reprogramar células sem ter que fazer alterações genéticas.

VEJA TAMBÉM