A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), aprovou a combinação do medicamento Xarelto (rivaroxabana, da farmacêutica Janssen – da Jonhson & Johnson) em combinação com aspirina para reduzir o risco de eventos cardiovasculares em adultos, como morte cardiovascular, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), em pessoas com doença coronariana crônica, ou doença arterial periférica.

O Xarelto é considerado o primeiro e único inibidor do fator Xa aprovado para pacientes que vivem com essas condições, de acordo com comunicado da empresa farmacêutica. A combinação de rivaroxabana e aspirina para doença coronariana crônica e doença arterial periférica já tinha sido aprovada em agosto pela Comissão Europeia.

A aprovação baseia-se nos dados do estudo COMPASS, de fase 3, que mostrou que o uso do Xarelto (duas vezes ao dia), combinado com uso de aspirina de 100 mg (uma vez ao dia), indicou redução de risco de 24% para acidente vascular cerebral (AVC), morte cardiovascular e infarto do miocárdio, em comparação com o uso isolado de aspirina de 100 mg em pacientes com doença arterial coronariana crônica, ou doença arterial periférica.

Houve uma redução de 42% no acidente vascular cerebral, de 22% na morte por eventos cardiovasculares e de 14% no infarto do miocárdio. O risco de hemorragia grave foi significativamente maior na cominação de rivaroxabana com aspirina do que com a aspirina isoladamente, mas não houve aumento significativo nos sangramentos fatais ou intracranianos.

Os resultados do COMPASS foram apresentados no congresso de 2017 da Sociedade Europeia de Cardiologia, pelo médico da Universidade McMaster (do Canadá), John Eikelboom, e foi publicado no periódico New England Journal of Medicine.

 “Tratar pacientes com aspirina apenas não é suficiente para lidar com o risco trombótico subjacente que vem com doença arterial coronariana crônica e doença arterial periférica. Como vimos no estudo COMPASS, a combinação da aspirina com a dose de 2,5 mg de Xarelto (duas vezes ao dia), pode ajudar a reduzir significativamente o risco de eventos cardiovasculares nessas populações “, disse Kelley Branch, médico e professor associado de cardiologia da Universidade de Washington.

Com informações do Medscape. Edição do Setor Saúde.