NotreDame Intermédica negocia a compra de dez empresas
Em 2018, operadora comprou Cruzeiro do Sul e SamedA NotreDame Intermédica mantém negociações com dez operadoras de planos de saúde para aquisição. A meta do grupo é incluir 150 mil usuários e 120 leitos hospitalares por ano com compra de concorrentes.
Segundo o presidente da companhia, Irlau Machado, não há receio de fazer várias aquisições concomitantemente. No ano passado, a NotreDame Intermédica comprou as operadoras Cruzeiro do Sul e Samed, que juntas possuem 128 mil usuários, e a GreenLine, com 464 mil usuários – a última teve a transação concluída em janeiro.
Machado disse que está otimista com a retomada na taxa de emprego, o que irá impactar positivamente a NotreDame Intermédica, mas que ainda assim a companhia mantém a estratégia de expansão via aquisições.
Em 2018, o setor de planos de saúde teve incremento de apenas 200 mil usuários, sendo que a maior parte foi de convênios médicos por adesão e individuais — modalidades nas quais a NotreDame Intermédica tem pouca atuação. Além disso, esse crescimento não aconteceu na região Sudeste, região de atuação da operadora.
Segundo o executivo, o setor de planos de saúde continua bastante competitivo, mas que a companhia não vai entrar em guerra de preços. “Adequamos o produto ao preço como oferta de coparticipação. Se não for possível, preferimos abrir mão do cliente”, afirmou.
Aumento do atendimento em rede própria é meta para 2019
A NotreDame Intermédica informou também que vai aumentar a verticalização – atendimento em rede própria – em 2019. A meta é que 70% das internações hospitalares sejam feitas em unidades próprias do grupo (no quarto trimestre de 2018, esse percentual era de 64%). Em relação às consultas médicas, o objetivo é aumentar de 71% para 75%.
O grupo também inaugura em maio o centro de processamento de exames de análises clínica, com capacidade para até três milhões de exames por ano. Atualmente, o grupo processa 450 mil testes. O custo de um exame processado internamente é 40% inferior quando comparado a uma rede de medicina diagnóstica credenciada.
Com informações do Valor Econômico. Edição do Setor Saúde.