Mundo | 22 de setembro de 2016

Mulher assumirá gigante da indústria farmacêutica

Emma Walmsley comandará a GlaxoSmithKline a partir de 2017
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A executiva Emma Walmsley, 47, irá suceder a Andrew Witty como próxima presidente da empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK), oitava maior do mundo.

A indústria farmacêutica é fortemente dominada por homens no topo das organizações. Em março de 2017, Walmsley vai se tornar a primeira mulher a chefiar um grande fabricante de medicamentos com abrangência global.

Walmsley chegou à GSK há apenas cinco anos, originária da gigante de cosméticos L’Oreal, e, desde então, transformou a unidade de saúde do consumidor (produtos de consumo) em uma parte cada vez mais importante do bolo corporativo da GSK.  As margens operacionais da área que ela coordenou subiram 14% no último ano.

A unidade vende marcas como Sensodyne (creme dental), Theraflu (para resfriados) e o analgésico Voltaren. No Brasil, vende produtos como Corega, Eno e Sonrisal, além de vacinas.

A GSK e a Novartis fecharam acordo em 2015, na qual a GSK ficou com a carteira de vacinas da Novartis. Além disto, cedeu sua área oncológica para a Novartis.

Daniel Mahony, administrador de fundos da Polar Capital em Londres, disse à Bloomberg News, que mesmo que Walmsley não tenha experiência no desenvolvimento de novas drogas, o mundo da indústria farmacêutica está mudando. “Não é apenas sobre a obtenção de dados para se obter medicamentos aprovados. É também sobre a obtenção de dados para se obter remuneração e pagamento pelos medicamentos. Tudo isso envolve a geração de valor, eficácia e dados do mundo real. Isso é o que os produtos de consumo são. ”

Um escândalo de suborno na China, que resultou em uma pesada multa de 489 milhões de dólares no ano passado, manchou a imagem do presidente em exercício da GSK, Andrew Witty, de 52 anos, que deixará o cargo após uma década no comando da organização.

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