Os coordenadores médicos dos Hospitais Públicos de Madrid, na Espanha, que representam quase 600 chefes de serviços médicos de 20 instituições, divulgaram uma carta aberta aos cidadãos na qual alertam que as privatizações propostas pelo governo da capital espanhola “comprometem seriamente a qualidade e acessibilidade dos serviços de saúde”.

No texto, os médicos rechaçam o plano de ajustes e privatizações do governo e pedem a retirada do denominado Plano de Medidas de Garantia para Sustentabilidade do Sistema de Saúde Pública, que está em discussão no Congresso. Para eles, o plano compromete seriamente a qualidade do sistema  e o acesso da população aos serviços.

Os líderes médicos afirmam que não está comprovado que a saúde privada é mais barata que a pública. Segundo o comunicado, nos países em que há os dois sistemas, o gasto por habitante ao ano é muito mais elevado e os investimentos no sistema de saúde pública também são altos.

Outra crítica contida no documento é que os hospitais que o Governo quer privatizar são os que apresentam menores custos. Porém o pagamento que a população de Madri deverá fazer nessas instituições de saúde, se forem privatizadas, será muito maior do que atualmente, na opinião das lideranças médicas.