Gestão e Qualidade, Tecnologia e Inovação | 15 de janeiro de 2021

Laboratório Mont’Serrat é o primeiro da região Sul a oferecer teste que mede nível de imunidade contra o SARS-CoV-2

Exame já identificou resposta imune mesmo após seis meses do surgimento da doença em alguns pacientes
Laboratório Mont’Serrat é o primeiro da região Sul a oferecer teste que mede nível de imunidade contra o SARS-CoV-2

A confirmação de reinfecções pelo SARS-CoV-2 e uma mutação deste vírus já identificada no país vêm deixando a população alerta neste início de ano. Diante do grande número de pessoas que já contraíram o coronavírus (Covid-19), a possibilidade de confirmar o nível de imunidade contra a doença pode trazer um pouco mais de tranquilidade. Esse é o objetivo de um teste inédito no Brasil e que já é oferecido na região Sul do Brasil pelo Laboratório Mont’Serrat, de Porto Alegre (RS).

Através da tecnologia Imunobiotech, é possível identificar a quantidade de anticorpos de defesa desenvolvidos contra a proteína viral que é responsável por conectar o vírus às células humanas. Com resultado em apenas seis horas, o exame tem um custo menor do que os testes rápidos que são utilizados normalmente. Além de apresentar resultado positivo ou negativo, o teste pode medir a concentração de anticorpos presentes na amostra — com uma altíssima sensibilidade de 98,2%.

“Pacientes com esses anticorpos em níveis elevados estarão realmente protegidos contra a infecção. Até o momento, evidências científicas indicam que esses anticorpos neutralizantes evitariam o desenvolvimento da doença novamente. Infelizmente, nem todos que a tiveram desenvolveram defesas suficientes para estarem efetivamente imunizados, por isso a importância desse tipo de exame”, destaca Janaina Scarton, diretora do Laboratório que é um dos mais tradicionais grupos gaúchos de exames e análises clínicas — com mais de 30 anos de atuação consolidada no mercado.

Os estudos realizados com pacientes que desenvolveram a covid-19, utilizando o ImunoScov19, mostraram que a maioria das pessoas mantém a resposta imune mesmo após seis meses do surgimento da doença. A especialista reforça que o teste muda o paradigma do coronavírus e a percepção da população sobre a pandemia. “Trata-se de um exame completamente diferente porque nos permite quantificar a resposta imunológica e estabelecer níveis de imunidade contra o vírus. Serve tanto para pessoas que já tiveram a covid-19 como para aquelas que não foram expostas à doença mas podem apresentar algum nível de imunidade cruzada contra o vírus”, completa Janaina, ao lembrar que as pessoas que participaram de protocolos de pesquisa das vacinas também acompanharam seus níveis de imunidade por meio desse teste.


A tecnologia usada no método de coleta de amostras é a mesma adotada há décadas para a realização do teste do pezinho em recém-nascidos. Pode ser feito pelo próprio paciente em casa, sem a necessidade de se deslocar até um laboratório ou hospital para a coleta.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3222.3000 ou pelo WhatsApp (51) 9 9379-9664.


Como funciona o ImunoScov19

O exame detecta a presença de anticorpos tipo IgG para a proteína S (spike) total — estrutura que fica na parte externa do vírus. A proteína S tem três componentes: S1 (responsável pela ligação do vírus ao receptor-ACE da célula humana), S2 (responsável pela entrada do vírus) e tronco (que liga as duas partes). Por ser responsável pela entrada do SARS-CoV-2 na célula humana, a proteína S estimula a produção de anticorpos IgG chamados neutralizantes, que bloqueiam a infecção do vírus no corpo. Pelas características da proteína recombinante utilizada no teste, as mutações virais até o momento descritas não interferem nos resultados.

Os estudos de padronização resultaram na criação de um algoritmo inovador que permite classificar os pacientes em quatro grupos distintos:

Pacientes sem anticorpos detectáveis (que representam 60,15% da população estudada).

Pacientes com nível 1 de imunidade cruzada (35,27% da população estudada).

Pacientes com nível 2 de imunidade cruzada (4,58% da população estudada).

Pacientes com anticorpos detectáveis pós-covid-19.

Crédito da foto: Sérgio Oliveira / divulgação.



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