Mundo, Tecnologia e Inovação | 19 de março de 2013

Itália cria retina artificial biocompatível

Pesquisadores acreditam que o produto estará disponível em cinco anos
Itália cria retina artificial biocompatível

Vem da Itália a inovação que dá esperanças àqueles que sofrem de degeneração macular e querem voltar a enxergar. Em Gênova, uma pesquisa do Instituto Italiano de Tecnologia (IIT) liderada pelo diretor de neurociência Fabio Benfenati, em parceria com uma equipe do Centro de Nanociência e Tecnologia de Milão comandada por Gugielmo Lanzani, criou a primeira retina artificial biocompatível. O estudo foi publicado na revista Nature Photonics.

Voltada para pacientes com retinite pigmentosa, a novidade feita com material orgânico funciona como uma microcélula solar. A expectativa é de que o produto entre no mercado em 2018.

O semicondutor polímero explorado pelos pesquisadores usa células solares orgânicas P3HT (3-hexylthiophene), semelhante à proteína da retina sensível à luz, que funciona como fotoreceptores que estimulam os neurônios da retina. Para que o resultado final seja o desejado, falta aprimorar a pesquisa, pois ainda não há sensibilidade suficiente para todas as ocasiões do dia.

As retinas artificiais baseadas em silício, lembra Benfenati, “trabalham com micro câmeras que capturam as imagens, que são processadas por um computador e enviadas à retina, e tudo precisa ser carregado por baterias”. Já o material orgânico estimula os neurônios, não necessita de bateria e, consequentemente, não gera calor.

 

VEJA TAMBÉM