A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou, na segunda-feira (22), a Resolução Operacional nº 2.439, que instaura a direção fiscal no plano de saúde Cassi (Caixa de Assistência aos Funcionários do Banco do Brasil). Nos próximos dias, a ANS nomeará o diretor fiscal que atuará na Cassi, para analisar a situação  e determinar a apresentação de um programa de saneamento para solucionar as anormalidades econômico-financeiras identificadas.

Segundo informações de mercado, o balanço financeiro  da Cassi vem registrando rombo patrimonial nos últimos anos: prejuízos de R$ 159,4 milhões, R$ 206,2 milhões e R$ 377,7 milhões (2016, 2017 e 2018, respectivamente).

A Cassi, em nota oficial, diz que a medida não irá alterar a rotina de prestação de serviços do plano de saúde, que será mantida normalmente, assim como os pagamentos a prestadores e demais fornecedores.

A determinação da instauração do regime especial de direção fiscal da ANS se deve ao descumprimento de indicadores econômico-financeiros acompanhados  pela agência reguladora. Em dezembro de 2018, a Cassi estava com o patrimônio social ajustado negativo de R$ 109 milhões e apresentava insuficiência de margem de solvência de R$ 810 milhões.

As medidas administrativas e a renegociação com prestadores permitiram a redução de despesas assistenciais e geraram superávits em alguns meses, como aconteceu em novembro e dezembro de 2018. Contudo, a Cassi permanece em situação econômico-financeira crítica, apresentando desconformidades financeiras perante a ANS. Os resultados positivos em alguns meses  são insuficientes para recomposição do patrimônio nos níveis exigidos pelo órgão regulador.

Cassi

A Cassi é a maior operadora de autogestão de planos de saúde do Brasil, com mais de 683 mil vidas. Criada em 1944, oferece atendimento aos funcionários ativos e aposentados do Banco do Brasil e seus dependentes, por meio do Plano de Associados, e a seus parentes até 4º grau, que podem aderir ao Plano CASSI Família.