Quarta-feira, 3 de março de 2021. No Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e outros profissionais – inclusive realocados emergencialmente de outras áreas e especialidades – desdobram-se para dar conta do atendimento aos pacientes graves de covid-19. A capacidade é de 105 leitos, mas há 124 doentes críticos em atendimento, acomodados em leitos extras instalados no próprio CTI e também na Emergência, o que representa uma ocupação de 118%.

Enquanto isso, nos 84 leitos de enfermaria do Clínicas, hoje há 69 pacientes, 42 em suporte ventilatório, ou seja, deveriam estar em uma unidade de tratamento intensivo.

No domingo, o HCPA atingiu pela primeira vez 100% de ocupação. Em poucos dias, a situação piorou ainda mais em termos de ocupação e demanda por leitos e atendimentos. E não há sinais de que o cenário possa melhorar nos próximos dias.

A situação no Rio Grande do Sul é extremamente complexa. Atualmente, os leitos de UTI apresentam 100,7% de ocupação, com 91.5% de ocupação SUS e 128,6% de ocupação no setor privado. Na quarta-feira, o Estado atingiu o recorde de mortes: 185 óbitos divulgados em um dia (algumas mortes ocorreram no início de fevereiro, mas foram computadas no dia de ontem).

Neste momento, é mais do que importante que a sociedade gaúcha se conscientize. Não há leitos disponíveis. Por isso, evite aglomerações, use máscaras (duas se possível) e álcool gel. Evite sair às ruas.

CRÉDITO DAS FOTOS: SILVIO AVILA (O fotógrafo registrou essas imagens voluntariamente, doando seu trabalho ao Hospital de Clínicas).

Com informações HCPA. Edição SS.