Gestão e Qualidade, Política | 17 de novembro de 2017

Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Secretaria Estadual de Saúde oferecem tratamento de ponta a pacientes do SUS

Convenio atenderá pacientes com doença cardíaca grave
Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Secretaria Estadual de Saúde oferecem tratamento de ponta a pacientes do SUS

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES) assinaram no dia 16 de novembro um convênio que vai garantir a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) o tratamento da estenose aórtica grave com Implante de Válvula Aórtica Percutânea (Tavi). A doença se caracteriza pelo estreitamento da válvula aórtica, o que dificulta o fluxo de sangue desde o ventrículo esquerdo do coração até a aorta, e dela para o corpo.

Indicado para pessoas idosas ou que não podem se submeter a uma cirurgia de peito aberto, o Tavi tem como vantagens o fato de ser um procedimento minimamente invasivo, que oferece uma recuperação mais rápida e mortalidade inferior àquela esperada com o tratamento cirúrgico convencional.

O documento foi firmado pelo secretário João Gabbardo dos Reis e pela presidente do Clínicas, Nadine Oliveira Clausell. Pelo convênio, a SES deverá repassar ao Clínicas um total de R$ 1,8 milhão para a cobertura dos materiais necessários para a realização dos procedimentos, por um período de 24 meses.

Implante não é oferecido pelo SUS

Atualmente, o implante não é oferecido pelo SUS, o que tem gerado alguns pedidos na Justiça. Para ajudar mais pacientes e, consequentemente, auxiliar na redução de pedidos de judicialização junto ao Estado, o HCPA, por meio dessa parceria com a SES, vai oferecer o tratamento a 24 pacientes, durante dois anos. Após este período, o convênio será reavaliado por ambas instituições.

No Brasil, cerca de 200 mil pessoas acima de 75 anos têm o diagnóstico de estenose aórtica (quando a válvula aórtica não consegue abrir completamente devido ao acúmulo de cálcio e fósforo), doença cardíaca que se não for tratada e diagnosticada a tempo, pode levar à morte em poucos meses. O tratamento convencional para a doença é a cirurgia de peito aberto, na qual a válvula aórtica precisa ser substituída e a nova precisa ser suturada internamente. Para os pacientes que não podem passar por uma cirurgia tão invasiva, o Tavi tem sido o tratamento indicado.

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