Gestão e Qualidade, Política | 1 de junho de 2022

Hospitais informam que atendimentos aos beneficiários do IPE Saúde estão assegurados até a próxima sexta

A decisão ocorreu após reunião realizada pela Federação das Santas Casas e Fehosul na manhã desta quarta-feira
Hospitais informam que atendimentos aos segurados do IPE Saúde estão assegurados até a próxima sexta

Após as notificações entregues ao Governo do Rio Grande do Sul, Assembleia Legislativa e Ministério Público na tarde de ontem (31), os principais hospitais e clínicas que integram a rede assistencial do IPE Saúde, decidiram acatar o pedido do Governo do Estado e do Ministério Público e manterão os atendimentos até a próxima sexta-feira, (3), ocasião em que ocorre uma reunião entre todos os envolvidos no impasse, no Palácio Piratini, com a presença do governador Ranolfo Vieira Júnior. A decisão de postergar a possível suspensão das cirurgias eletivas foi tomada em reunião realizada pela Fehosul (Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul) e Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS na manhã desta quarta-feira (1º). A suspensão, caso se confirme, poderá atingir cerca de 1 milhão de beneficiários do IPE.

Em nota, as duas entidades representativas reforçam que é imprescindível a “revogação das Portarias 22 e 23/2022 e Comunicados 10 e 11/2022, retroativas as suas datas de publicação, objetivando com urgência a busca do equilíbrio econômico e financeiro nas relações de prestação de serviços com cada prestador individualmente, sob pena de suspensão de toda assistência eletiva, mantendo-se, entretanto, os casos já em processo de tratamento e o atendimento, temporário, das emergências com risco iminente de vida a ser avaliado pelo processo de triagem.”


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“Direção do IPE seguiu para outro caminho, demonstrou cálculos que não condizem com a realidade e adotou decisões unilaterais”

Ao portal Setor Saúde, o presidente da Fehosul, Cláudio Allgayer, lembra que as negociações seguiram por mais de 70 dias, com a demonstração clara de boa vontade dos hospitais em serem parceiros da reestruturação do IPE, contribuindo com seus corpos técnicos para promover ajustes na forma de remuneração e no relacionamento com a autarquia.

“Por outro lado, tivemos muitas dificuldades em obter transparência dos dados utilizados por parte do IPE. Estudos da autarquia indicavam uma perda de R$ 40 a R$ 60 milhões ao ano, inicialmente. Já  informações trazidas pelos hospitais, a partir dos novos dados recebidos pelas nossas entidades, a cifra atinge valor superior a R$ 240 milhões. Ou seja, a atual direção do IPE seguiu para outro caminho, demonstrou cálculos que não condizem com a realidade e adotou decisões unilaterais. São atitudes inaceitáveis em qualquer processo de negociação. A partir de agora, Governo do Estado e o Ministério Público, devidamente acionados, precisam seguir como avaliadores e mediadores desta situação. Um dos pontos importantes que devemos avançar é a questão das diárias hospitalares, por exemplo. Outro problema que permanece sem  solução é a quitação, pelo Governo do Estado, da avultada dívida que o IPE tem para com hospitais, clínicas e laboratórios de valor superior a 1 bilhão de reais.”

Leia a nota das Federações aqui.

 



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