Gestão e Qualidade | 14 de novembro de 2017

Hermes Pardini compra laboratório por R$ 37 milhões

Empresa adquirida atua em Minas Gerais, principal mercado da empresa
Hermes Pardini compra laboratório por R$ 37 milhões

O Instituto Hermes Pardini, que possui forte atuação nos estados de Minas Gerais e Goias, informou na segunda-feira, 13, operação de “Contrato de Compra e Venda de Quotas e Outras Avenças” com os sócios do Laboratório de Análises Clínicas Humberto Abrão (LHA). Segundo informações do Estadão, a compra foi consolidada em valores próximos a R$ 37 milhões.

A Hermes Pardini, é considerada uma das principais forças do mercado de medicina diagnóstica, estando atrás da DASA e da Fleury, em termos de faturamento. A sua atuação tem como característica uma ampla rede de pequenos laboratórios associados, que servem como postos de coleta.  Ou seja, ela acaba por prestar serviços a muitos dos seus concorrentes.
Dentre os acionistas da Hermes Pardini, está o fundo de investimento Gávea, detentor de uma parcela minoritária do negócio. A demais ações pertencem à família Pardini, formada por três irmãos: Victor, Regina e Áurea, que juntos detêm 70% do capital.

Laboratório de Análises Clínicas Humberto Abrão 
A Hermes Pardini destaca que “o LHA é um centro de referência em exames de análises clínicas com atuação na cidade de Belo Horizonte, com 40 anos de história. O LHA possui cinco unidades de atendimento e receita bruta acumulada, no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2016, de aproximadamente R$ 19,4 milhões”, conforme comunicado à bolsa CVM.

“A aquisição, embora não represente um investimento ou acréscimo relevante na capacidade operacional da companhia, está alinhada com a execução da estratégia de crescimento orgânico e por meio de aquisições”, diz a empresa.

Segundo o Instituto Hermes Pardini, a aquisição permitirá à companhia expandir sua atuação em Belo Horizonte, sobretudo no que diz respeito ao atendimento a um público complementar de clientes do segmento Premium. “A aquisição também permitirá expandir o portfólio de exames especializados a este público, incluindo testes relacionados à oncogenética, medicina personalizada e nutrigenômica, dentre outros”, diz.

A empresa informa ainda que, com o auxílio de consultores especializados concluiu que a aquisição não representa um investimento relevante para a companhia e que, portanto, não deverá ser submetida à assembleia geral.

O mercado de medicina diagnóstica movimenta – somente na saúde suplementar – cerca de R$ 25,2 bilhões, conforme dados da  Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS). Projeções do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) indicam que a demanda por exames deve mais que dobrar no país entre 2015 e 2030. Mais de 22% da receita dos hospitais, por exemplo, vem de exames, ainda segundo informações do IESS.

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