O Instituto Hermes Pardini, que tem sede em Minas Gerais, comunicou aos seus acionistas e ao mercado que foi aprovada a aquisição do DLE (Diagnósticos Laboratoriais Especializados Ltda). O valor do negócio é de R$ 68 milhões. Em 2017 o DLE obteve receita bruta de R$ 22,5 milhões.

Fundado há 32 anos, o DLE atua nas áreas de genética humana e doenças raras no Brasil. Atua como centro de referência em exames altamente especializados, com foco em genética molecular, bioquímica genética, triagem neonatal, investigação laboratorial para erros inatos do metabolismo, além de outras doenças raras, sendo pioneiro na implantação de diversas técnicas e equipamentos até então indisponíveis no Brasil.

Serão pagos R$ 17 milhões à vista, outros R$ 17 milhões após 12 meses e R$ 34 milhões em dois anos. Desta quantia, R$ 1,4 milhão ficarão retidos para o caso de alguma eventualidade e serão liberados entre 2021 e 2024.

Segundo nota da Hermes Pardini, o DLE será o pilar para  consolidar sua posição no segmento de Medicina de Precisão. “ Esta aquisição está alinhada com a estratégia de ampliar, por meio de aquisições, o portfolio de exames com alto grau de especialização disponíveis aos clientes do segmento Lab-to-Lab (por exemplo: triagem neonatal especializada, saúde materno-infantil, genômica, neurogenética, oncogenética e terapia droga alvo entre outros). Adicionalmente, o DLE deverá reforçar a capacidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Companhia, ampliando assim o potencial de aperfeiçoamento, criação, validação e implantação de novos testes laboratoriais especializados, assim como inovadores dispositivos e sistemas de coleta de amostras biológicas para melhor atender os clientes no Brasil e no Exterior.”

Em 2017 a Hermes Pardini adquiriu outro laboratório, o Laboratório Humberto Abrão, também de Minas Gerais, fundado em 1977, por R$ 37 milhões.

O mercado de medicina diagnóstica movimenta – somente na saúde suplementar – cerca de R$ 25,2 bilhões, conforme dados da Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS). Projeções do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) indicam que a demanda por exames deve mais que dobrar no país entre 2015 e 2030.