Empregabilidade e Aperfeiçoamento, Gestão e Qualidade | 17 de julho de 2013

Gestão de Performance é tema de evento na FEHOSUL

Apresentados cases de modelos de remuneração e performance em outros países
Gestão de Performance é tema de evento na FEHOSUL

Tendência mundial na avaliação de desempenho do corpo clínico, a Gestão de Performance em Saúde foi o tema da palestra do médico César Luiz Abicalaffe, CEO da empresa 2iM  na manhã desta quarta-feira, 17, na sede da FEHOSUL, no evento Café da Manhã com Saúde.

Profissionais das áreas de Qualidade em Saúde e Gestão do Corpo Clínico de hospitais, clínicas e laboratórios de todo o Estado prestigiaram o evento promovido pela FEHOSUL.

Abicalaffe falou sobre alguns modelos de remuneração de pagamento que estão em funcionamento em outros lugares, como Estados Unidos e alguns países da Europa – Inglaterra, França, entre outros – e fez comparações com a realidade brasileira. “Muitas vezes esquecemos que o modelo implantado, seja qual for, deve estar centrado no paciente, deve ser simples, com poucos indicadores, mas que sejam eficientes”, afirmou o profissional.

Segundo o médico, a avaliação do corpo clínico permite alguns benefícios à instituição de saúde, como focar a questão da qualidade assistencial, tão importante nos dias de hoje; calcular a disponibilidade da oferta e a demanda dos pacientes; promover programas de fidelidade aos médicos dentro das instituições, além de ser uma exigência das acreditadoras internacionais e da ONA.

Em um dos cases apresentados por Abicalaffe, ele relatou os resultados de modelos de PBV nos Estados Unidos. “São pagamentos por “bundled payments” ou pacotes, também conhecidos como pagamentos baseados em episódios, no qual oferecem reembolso para todos os serviços necessários a um específico paciente por um tratamento ou condição particular”, contou.

Na França, por exemplo, o programa de performance da qualidade foi construído pelo governo francês e tem, entre outros objetivos, ajudar os médicos a melhorar seus atendimentos. Os profissionais participaram da definição dos indicadores que são usados internamente em cada hospital.

No Brasil, Abicalaffe apresentou o case de uma instituição que utiliza a metodologia GPS.2iM para avaliar e monitorar o desempenho do corpo clínico de um hospital de grande porte. Segundo o palestrante, especialidades clínicas e cirúrgicas são avaliadas em termos de estrutura, eficiência, efetividade e satisfação. Além disso, os médicos são estimulados a acompanhar o seu desempenho comparando com o geral da especialidade.

“Melhor qualidade pode render baixos custos totais ou maiores receitas. Se as metas forem muito baixas, então “melhor qualidade” é, na realidade, qualidade média. Mas se as metas são adequadamente determinadas, melhor qualidade é, de fato, uma qualidade melhor. O aumento do ticket médio de um hospital teve relação com indicadores de qualidade”, explicou Abicalaffe.

Ao final do evento o palestrante apresentou o software GPS.2iM, que já foi testado e validado no Brasil por operadoras de saúde, hospitais e também pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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