Estudo europeu aponta melhoras na sobrevivência de pacientes com câncer
Eurocare mostra os países com melhores índices no continenteA quinta edição do estudo EUROCARE, a maior investigação sobre a sobrevivência de pacientes com câncer, com base na população europeia, revela que os índices de sobrevida após 5 anos estão melhorando. Os resultados, publicados na revista The Lancet Oncology, mostram que os países nórdicos, da Europa Central e da Europa do Sul apresentam taxas de sobrevida mais positivas.
O estudo abrangeu mais de 50% dos adultos e 77% da população infantil da Europa e mostra variações entre os países europeus. Foram analisados 29 países para comparar a sobrevivência, em cinco anos, a partir do diagnóstico de mais de nove milhões de adultos e 60.415 crianças, no período entre 2000 e 2007.
As taxas de sobrevivência de doentes de câncer continuam melhorando consistentemente na Europa, mas subsistem disparidades para certos tipos de tumores entre países da parte oriental e o resto do continente. Um terço dos tumores observados tinha uma taxa de sobrevida superior a 80% em 2007, entre eles os tumores dos testículos (88%), dos lábios (88%) da tireoide (86%) e da próstata (83%). A sobrevivência piorou em 25% nas neoplasias de pâncreas, da pleura, do fígado, do esôfago, dos pulmões e do cérebro.
Apesar de todos os países terem registrado melhorias entre 2003 e 2007, os países nórdicos, a Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Suíça, Itália, Portugal e Espanha, observaram as mais altas taxas de evolução da sobrevivência dos pacientes. Já a Bulgária, a Estônia, a Letônia, a Lituânia, a Polônia e a Eslováquia permanecem com resultados significativamente abaixo da média europeia para certos tipos de tumores: cólon (47% de taxa de sobrevivência, contra 57% na média europeia), reto (45% contra 56%) e linfomas (50% contra 59%). Nestes países, a situação é melhorar em casos de câncer de mama, com a taxa de sobrevivência a cinco anos passando de 70 para 75%, entre 1999 e 2007.