Mundo | 12 de dezembro de 2013

Estudo europeu aponta melhoras na sobrevivência de pacientes com câncer

Eurocare mostra os países com melhores índices no continente
Estudo europeu aponta melhoras na sobrevivência de pacientes com câncer

A quinta edição do estudo EUROCARE, a maior investigação sobre a sobrevivência de pacientes com câncer, com base na população europeia, revela que os índices de sobrevida após 5 anos estão melhorando. Os resultados, publicados na revista The Lancet Oncology, mostram que os países nórdicos, da Europa Central e da Europa do Sul apresentam taxas de sobrevida mais positivas.

O estudo abrangeu mais de 50% dos adultos e 77% da população infantil da Europa e mostra variações entre os países europeus. Foram analisados 29 países para comparar a sobrevivência, em cinco anos, a partir do diagnóstico de mais de nove milhões de adultos e 60.415 crianças, no período entre 2000 e 2007.

As taxas de sobrevivência de doentes de câncer continuam melhorando consistentemente na Europa, mas subsistem disparidades para certos tipos de tumores entre países da parte oriental e o resto do continente. Um terço dos tumores observados tinha uma taxa de sobrevida superior a 80% em 2007, entre eles os tumores dos testículos (88%), dos lábios (88%) da tireoide (86%) e da próstata (83%). A sobrevivência piorou em 25%  nas neoplasias de pâncreas, da pleura, do fígado, do esôfago, dos pulmões e do cérebro.

Apesar de todos os países terem registrado melhorias entre 2003 e 2007, os países nórdicos, a Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Suíça, Itália, Portugal e Espanha, observaram as mais altas taxas de evolução da sobrevivência dos pacientes. Já a Bulgária, a Estônia, a Letônia, a Lituânia, a Polônia e a Eslováquia permanecem com resultados significativamente abaixo da média europeia para certos tipos de tumores: cólon (47% de taxa de sobrevivência, contra 57% na média europeia), reto (45% contra 56%) e linfomas (50% contra 59%). Nestes países, a situação é melhorar em casos de câncer de mama, com a taxa de sobrevivência a cinco anos passando de 70 para 75%, entre 1999 e 2007.

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