Mundo, Tecnologia e Inovação | 25 de janeiro de 2013

Estudo demonstra maior sobrevida em pacientes com câncer de pâncreas

Associação de Gemcitabina e Abraxane produz melhores resultados
Estudo demonstra maior sobrevida em pacientes com câncer de pancreas

O laboratório Celgene divulgou no dia 25 de janeiro que o ensaio clínico da fase III do ABRAXANE em combinação com a gemcitabina demonstrou melhoria estatisticamente significativa na sobrevida em geral em comparação com pacientes que receberam apenas a gemcitabina, com uma média de 8,5 contra 6,7 meses. Este estudo refere-se ao tratamento de pacientes com câncer de pâncreas metastático submetidos pela primeira vez ao tratamento.

Além destes resultados, houve redução de 31% no risco de progressão ou morte com uma sobrevida média livre de progressão de 5,5 contra 3,7 meses e uma taxa de resposta global de 23% em comparação com 7% obtidos com a monodroga. Os principais paraefeitos, comparados ao uso isolado da gemcitabina, foram neutropenia (38% contra 27%) fadiga (17% contra 7%) e neuropatia (17% contra 1%).

No estudo Metastatic Pancreatic Adenocarcinoma Clinical Trial (MPACT), patrocinado pela Celgenecom, 861 pacientes com metástase de câncer de pâncreas foram randomizados para receber o ABRAXANE em combinação com a gemcitabina – 125 mg/m2 seguido de 1000 mg/m2 de gemcitabina durante 3 semanas, seguidas por uma semana de repouso -, ou apenas a gemcitabina – 1000 mg/m2 administrada semanalmente durante 7 semanas, seguido por uma semana de repouso, e, depois, por ciclos de administração semanal durante 3 semanas, seguido de uma semana de repouso.

O critério de avaliação primário do estudo é a melhoria da sobrevida global. Os critérios de avaliação secundários foram a sobrevida livre de progressão e a taxa de resposta global determinada pela revisão radiológica independente. Outros critérios de avaliação incluíram a sobrevida livre de progressão, a taxa de resposta global determinada pelo investigador e a segurança e a tolerabilidade dessa combinação nesta população de pacientes.

A Abraxane vem sendo testado para tratamentos de câncer da bexiga, ovários, mama, pancreático e melanoma metastático. Sua formulação é composta de paclitaxel em nanopartículas ligadas à albumina que é fabricada usando a tecnologia nab patenteada. A nova droga foi aprovada em 2012 pelo FDA (EUA) para o tratamento do carcinoma de pulmão em combinação com carboplatina.

Para maiores informações acesse http://www.abraxane.com/.

 

 

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