Gestão e Qualidade | 21 de março de 2024

Entidades médicas alertam para risco de desabastecimento de medicamento para leucemia mileóide crônica

ABHH, SOBOPE e SBTMO manifestam sua preocupação quanto ao desabastecimento do medicamento Sprycel (dasatinibe).
Entidades médicas alertam para risco de desabastecimento de medicamento para leucemia mileóide crônica

Em ofício endereçado ao Ministério da Saúde, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) e Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) manifestam sua preocupação quanto ao desabastecimento do medicamento Sprycel (dasatinibe) nas apresentações 20mg e 100mg. A droga é usada no tratamento de pacientes com leucemia mielóide crônica (LMC).


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O documento assinado pelas três entidades foi encaminhado ao secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Jr. Em comunicado enviado às sociedades de especialidade e associações de pacientes, em 8 de março, a farmacêutica Bristol Myers Squibb informou que as apresentações estão com baixo estoque, o que precede risco de fornecimento intermitente no Brasil, “devido ao aumento inesperado de demanda durante transição de planta fabril para produção do medicamento”.


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A BMS informa ainda que a previsão de normalização é no próximo mês de maio. O comunicado diz também ser “importante ressaltar que essa situação não está relacionada à qualidade, eficácia ou à segurança do produto, as quais permanecem reconhecidas e devidamente comprovadas”. A farmacêutica afirma ter comunicado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária no dia 29 de fevereiro e reforça “estar realizando esforços para resolver a situação com menor impacto possível”.


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Na nota conjunta, ABHH, SOBOPE E SBTMO ressaltam que os inibidores de tirosina quinase revolucionaram o tratamento da LMC, tornando a sobrevida dos pacientes semelhante à da população que não convive com a doença. “No entanto, a maioria dos pacientes necessita de tratamento contínuo e ininterrupto para manter a resposta adequada”, informa o documento, que solicita esclarecimentos acerca deste cenário e do plano de ação do Ministério da Saúde para os pacientes que eventualmente ficarem sem tratamento.

 



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