Política | 20 de dezembro de 2012

Dirigentes descontentes com IPE aguardam soluções até o final do ano

Hospitais, clínicas e laboratórios manifestaram preocupações em relação ao IPE-SAÚDE
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A Assembleia Geral convocada para deliberar possíveis ações de mobilização para os pagamentos devidos aos prestadores de serviços neste final de ano por parte do IPE, contou, em sua parte inicial, com a participação dos diretores e técnicos da própria autarquia.

O diretor de saúde, Dr. Antônio de Pádua; Dr. Paulo Leal, assessor da direção e o chefe de gabinete, Dr. César Bento estiveram presentes, na nossa sede  aceitando o convite formulado pela direção da FEHOSUL. Os dirigentes do IPERGS expuseram, aos dirigentes de hospitais, clínicas e laboratórios alguns dos esforços que estão sendo feitos para solucionar o problema. Segundo Bento, “ não está definitivamente fechado que não terá nenhum pagamento ainda neste ano”.  Já Paulo Leal  destacou que a atual direção teria conseguido uma suplementação orçamentária de 10%, elevando o orçamento anual de 1,044 milhões para 1,154 milhões de reais, que possibilitou fazer os pagamentos normais até este dia 20. Contudo, reconheceu que ainda falta obter mais 45 milhões de reais para suprir os valores que devem ser liquidados no próximo dia 26, conforme cronograma acertado com os prestadores de serviços. O diretor Antônio Pádua valorizou o relacionamento mantido pela Instituição com a Fehosul, dizendo que seus dirigentes estavam envidando todos s esforços  para quitar os valores devidos no prazo acertado.

Após a apresentação dos argumentos da equipe do IPE, tendo esta se retirado da assembléia, deu-se inicio a discussão para definição do caminho a ser tomado pela Fehosul e seus representados. A ausência  do tradicional adiantamento em Dezembro deste ano, a não realização da reformulação orçamentária em tempo hábil, a falta de cumprimento do acordo referente ao  BRASÍNDICE que foi descontinuado a  partir de Janeiro deste ano, e as glosas de 2005-2009 e 2010-2012 são os principais problemas enfrentados na relação com o IPE, segundo o médico Dr. Cláudio Allgayer, presidente da Fehosul.

Pedro Westphalen, deputado estadual e vice-presidente da Fehosul, que vêm mantendo continuadas conversações com os dirigentes do IPE, além de parlamentares e representantes do governo, usando da palavra, sugeriu a continuidade dos processos de negociações, indicando que,  neste momento, o melhor é permanecer pressionando em todas as frentes e aguardar para tomar medidas mais enérgicas somente em janeiro, se verificado o não pagamento devido.

Odacir Rossato, superintendente administrativo do Hospital Ernesto Dornelles (HED) sugeriu a data de 10 de janeiro como último prazo para a resolução das pendências. Após esta data, “a sociedade deverá saber o que está ocorrendo”, finalizou. Já Darci Mallmann, diretor executivo do Hospital Divina Providência, alertou para os problemas que a sociedade poderá sofrer, com a volta de problemas antigos do IPE. Mallmann lembrou episódios de 2003 e 2004, período em que “fomos extremamente prejudicados”. O Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, da cidade de Santa Maria, depende da imediata regularização da situação. Angela Perin, diretora executiva da instituição, enfatizou que quase 65% do faturamento do hospital depende do IPE, razão da extrema preocupação quanto ao pagamento de 26 de dezembro. Mauro Geyer, presidente do SINDILAC, ressaltou a necessidade da pronta revisão dos valores pagos aos laboratórios, ” atualmente muito defasados “, concluiu.

Ao final da assembléia foi decidido protocolar, ainda hoje, correspondências ao governador Tarso Genro, ao presidente da Assembléia Legslativa, Alexandre Postal, ao secretário estadual da Fazenda, Odir Tonollier e ao próprio presidente do IPERGS, Valter Morigi, apelando para que ocorra o pagamento dos 45 milhões de reais devidos, possibilitando que as instituições possam honrar compromissos com colaboradores e fornecedores.

A Fehosul continuará mantendo ações, junto ao Governo estadual, para a concretização das demandas dos prestadores de serviços do Estado. Continuará, também, em Assembleia Geral Permanente, que poderá ser reconvocada a qualquer momento.

 

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