Diretores da Johns Hopkins visitam Hospital Moinhos de Vento para ampliar parceria em educação e pesquisa
Agenda técnica visa desenvolvimento de novos produtos de qualificação profissional no primeiro hospital afiliado no BrasilO presidente da Johns Hopkins Medicine International, Dr. Charles Wiener, o vice-presidente para Iniciativas Globais, Dr. Laurent Moreau, e o diretor médico internacional, Dr. Daniele Rigamonti, participaram de uma visita técnica ao Hospital Moinhos de Vento nesta terça (16) e quarta-feira (17). Desde 2013 a instituição é afiliada à Johns Hopkins Medicine International, braço internacional da líder em educação médica nos Estados Unidos há mais de 125 anos.
Nesta visita, o objetivo foi conhecer a Faculdade de Ciências da Saúde, apresentar modelos de atendimento, ensino e saúde utilizados pela Johns Hopkins e explorar como ampliar a relação. Em pauta, temas como estratégias de educação, indicadores de qualidade, acesso da população a serviços de saúde e como o setor vem se adaptando após a pandemia.
O superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, destacou o sucesso da cooperação entre as instituições, que agora entra numa nova fase, com a expansão da colaboração. “Planejamos aprofundar nossa relação com a Johns Hopkins e ampliar o escopo para o Instituto de Pesquisa Clínica e em projetos de educação, que envolvem desde a graduação até os programas de mestrado e doutorado. Estamos explorando como criar novos produtos de educação para brasileiros que queiram se qualificar com as abordagens e o alto nível das duas instituições”, explicou.
O Dr. Wiener elogiou a resiliência e o compromisso contínuo com a excelência no atendimento da equipe do Hospital Moinhos de Vento, especialmente durante a pandemia. “Mesmo antes da pandemia, a medicina está em constante evolução. Neste contexto dinâmico, as instituições de saúde precisam treinar e retreinar profissionais. Isso envolve educação médica, humanismo, profissionalismo, entender como o atendimento multidisciplinar é o futuro para evoluirmos. A saúde está em um ponto crucial, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, e é interessante como compartilhamos desafios muito semelhantes. Portanto, todos precisamos pensar sobre como podemos treinar a próxima geração de profissionais médicos para atender às necessidades do futuro”, afirmou.
Mohamed acrescentou que as novas tecnologias e inovações disponíveis estão tornando o mundo híbrido — online e offline, virtual e presencial — e sem fronteiras. “Cada vez mais vamos conectar experiências internacionais com práticas nacionais e regionais, oferecendo o que existe de melhor no planeta e pensando em formar profissionais do futuro, aptos para as necessidades que teremos daqui a cinco, 10 anos”, concluiu o superintendente.
Cooperação e qualificação
Para o superintendente médico do Hospital Moinhos de Vento, Luiz Antonio Nasi, a cooperação permite trocar experiências e adaptá-las ao contexto do Brasil. “A nossa instituição já oferece o que existe de melhor em medicina e assistência no mundo, alinhado ao que é feito nos principais centros de referência. E qualificamos cada vez mais o nosso ensino, a nossa pesquisa e o nosso atendimento graças a essa relação contínua com um dos melhores nos Estados Unidos e no mundo”, afirmou.
De acordo com a superintendente Assistencial e de Educação, Vania Röhsig, a instituição preza por uma formação que visa a prática baseada em evidências científicas, sem abrir mão do cuidado humanizado e integral ao paciente. “O que concluímos com essa agenda é que nosso modelo está muito acima da média no Brasil e de acordo com o que se faz nas melhores escolas do mundo. Nossos acadêmicos já começam o curso dentro de um hospital de excelência, aprendendo na prática, atuando diretamente com os pacientes. Agora como evoluir mais? Elevar ainda mais essa régua?”, ponderou.
Crescimento
A Faculdade de Ciências da Saúde é uma das prioridades do Hospital Moinhos de Vento e cresceu muito em procura e número de alunos durante a pandemia. A gerente de Educação do Hospital Moinhos de Vento e diretora da Faculdade de Ciências da Saúde, Susane Garrido, salienta que, no primeiro semestre de 2021, o número de matrículas foi 130% maior do que no segundo semestre do ano passado. “Temos ainda espaço e mercado para crescer. Além disso, muitas práticas e estratégias utilizadas pela Johns Hopkins podem ser aproveitadas para qualificar o ensino dos alunos daqui. Isso é um atrativo para estudantes e profissionais de alto nível”, avalia.
Também acompanharam a comitiva a diretora de serviços globais da Johns Hopkins, Patricia Skillin, e a associada sênior, Luiza Jovetic. Pelo Hospital Moinhos de Vento, participaram da agenda os superintendentes, lideranças médicas, chefes de serviço e pesquisadores da instituição.
Fotos: Leonardo Lenskij. Com informações Hospital Moinhos. Edição SS.