De acordo com pesquisa apresentada no Congresso Mexicano de Cardiologia em 2015, a dieta saudável e o exercício podem beneficiar significativamente pacientes com insuficiência cardíaca. Na insuficiência cardíaca, o coração não consegue bombear sangue suficiente para o resto do corpo, podendo afetar outras áreas vitais.

O estudo apontou que 40% dos pacientes com insuficiência cardíaca no México tem, também, diabetes; outros 41% colesterol alto; e 57% têm níveis elevados de triglicerídeos; sendo que um quarto são obesos; e 55% têm pressão arterial elevada, e outros 31% fumam. Menos de 1% destes pacientes são ativos, ou seja, a quase totalidade não pratica esportes.

O exercício é geralmente recomendado para pacientes com insuficiência cardíaca, porém há uma necessidade de uma maior evidência para mostrar especificamente os benefícios de uma dieta saudável. Como apontado pelo Dr. Orea, não existem orientações específicas disponíveis que indiquem o quanto de carboidrato é bom e o quanto de gordura e proteína é recomendado para pacientes com insuficiência cardíaca. Restrições gerais sobre sódio e líquidos já é feita, mas não há orientações específicas sobre outros minerais.

Dr. Orea e colegas investigaram o efeito da dieta e exercícios em pacientes com insuficiência cardíaca. Seus resultados mostram que os pacientes que seguiram uma dieta baixa em carboidratos (40-50% de carboidratos, gordura 30-40% e proteína de 20%) e fizeram exercícios aeróbicos e de resistência, tinham reduzido a pressão arterial assim como a água corporal total, em comparação àqueles que não o fizeram a dieta. Dr. Orea explica que isso pode ser porque o coeficiente respiratório de hidratos de carbono é maior do que a gordura e proteínas ingeridas e, portanto, eles exigem mais oxigênio e exigem mais esforço respiratório para poder metabolizar. Ele também mostrou que uma maior ingestão de gordura insaturada pode melhorar a integridade e função das células. Claramente, o exercício melhora a função endotelial resultando em uma melhor utilização de nutrientes e oxigênio.

Outro estudo avaliou também o impacto da ingestão de sódio, potássio e magnésio em 129 pacientes que estavam hospitalizados e vieram a óbito por causa da insuficiência cardíaca. Os resultados mostraram que a ingestão de sódio foi menor nos pacientes que morreram enquanto aqueles que consumiram menos de 200 mg / dia de magnésio, tinham quase três vezes maior risco de hospitalização ou morte.

Dr Orea disse: “Os doentes com insuficiência cardíaca devem ter garantido obtenham magnésio suficiente em sua dieta comendo folhas verdes, nozes, peixe, grãos integrais e bananas escuras. Na nossa descoberta, uma ingestão de sódio baixa nos pacientes que morreram pode ser explicada pelo fato de que, quando a redução da ingestão de sódio é excessiva, o sistema renina-angiotensina-aldosterona é mais ativo, o que pode aumentar a pressão sanguínea.”