No primeiro semestre de 2015, Porto Alegre registrou 69 casos de dengue, sendo 52 importados e 17 autóctones. O número, divulgado no balanço do primeiro semestre da Vigilância em Saúde, é três vezes maior que o contabilizado em todo o ano passado, quando o total foi de 23 ocorrências da doença.

Mesmo com a queda na quantidade de casos causada pela chegada do frio, a Secretaria Municipal da Saúde recomenda que os cuidados no inverno sejam mantidos. A previsão dos meteorologistas é de que a estação seja chuvosa e com temperatura um pouco mais elevada do que o normal para a época, o que facilita o desenvolvimento dos ovos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Ao longo do semestre, as equipes de vigilância epidemiológica da realizaram 33.573 visitas domiciliares em 40 bairros de Porto Alegre. Nos bairros com transmissão autóctone ou que apresentaram armadilhas de monitoramento do mosquito positivas para o vírus da dengue, agentes de combate a endemias (ACEs) da SMS realizaram a Pesquisa Vetorial Especial (PVE). Nessas visitas domiciliares realizadas em um raio de 150 metros do caso ou armadilha positiva, além de ser orientado o controle mecânico para os moradores (remoção de criadouros e prevenção de acúmulo de água parada), também foi efetuada a busca ativa de casos suspeitos de dengue. No total, foram 55 PVEs, abrangendo 7.586 imóveis, o que foi fundamental para detectar novos casos autóctones da doença e 31.043 criadouros. A SMS revela que estão instalados, em 25 bairros da cidade, 749 armadilhas. Foram feitas 17.942 vistorias nas armadilhas, com coleta de 7.627 amostras, representando 18.073 mosquitos capturados.

O Rio Grande do Sul confirmou mais de 1,1 mil casos de dengue em 2015. A grande maioria dos pacientes (cerca de 85%) foi infectada de forma autóctone e duas mortes foram confirmadas, ambas na região Noroeste: uma no mês de março, no município de Santo Ângelo, e outra em abril, em Panambi.