Crise no IPE-Saúde: Simers destaca movimento histórico e convoca médicos para Assembleia
Encontro ocorrerá após reunião com o chefe da Casa Civil. Atividades estão agendadas para esta quarta-feira (12).No segundo dia de paralisação dos médicos credenciados ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS (IPE-Saúde), o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) destaca a importância do movimento histórico pela valorização dos mais de 6,5 mil médicos credenciados e pela qualidade na assistência aos cerca de um milhão de usuários. “Nunca houve um movimento tão coeso da classe médica em relação ao IPE, com uma grande adesão e, na mesma medida, uma expectativa do que está por vir do governo”, afirma o presidente do Simers, Marcos Rovinski.
Rovinski se refere a reunião agendada para esta quarta-feira, 12, com o chefe da Casa Civil, quando o governo deve apresentar uma proposta para a reestruturação da autarquia e que contemple a defasagem de 12 anos nos honorários dos profissionais. “Estamos esperançosos de que haja uma reformulação do IPE, incluindo a reforma no pagamento dos honorários médicos e hospitalares. Esperamos isso há algum tempo, no sentido de valorizar e remunerar a altura da responsabilidade do médico, para que se mantenha um IPE forte e que atenda de forma adequada os usuários”, destacou o presidente do Sindicato.
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Assembleia Geral Extraordinária
Rovinski explica que o resultado da agenda será apreciado na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), também nesta quarta-feira, às 19h, reunindo os médicos credenciados de forma presencial no auditório da entidade ou on-line. “A partir disso, vamos avaliar os próximos passos do nosso movimento, se seguimos dessa forma, se vai haver descredenciamento ou licenciamento temporário. Ambas as decisões, infelizmente, precarizam o atendimento pelo IPE”, lamentou Rovinski.
Na última AGE realizada pelo Simers para tratar sobre a Crise no IPE-Saúde, os mais de 200 médicos participantes deliberaram por uma paralisação das atividades, nos dias 10, 11 e 12 de abril. A decisão afetou a realização de consultas e procedimentos hospitalares eletivos pelo convênio, mantendo, apenas, o atendimento das urgências e emergências.
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Para se ter uma ideia do tamanho do movimento, os profissionais que atuam no Hospital Ernesto Dornelles (HED) — referência no atendimento aos usuários do plano — cancelaram consultas e cirurgias eletivas. Mais de 200 consultas foram remarcadas na instituição em apenas dois dias de paralisação e metade das cirurgias eletivas não puderam ser realizadas. Sem falar na adesão de profissionais de todo o Estado, com uma estimativa de mais de 60% dos médicos que atuam em consultórios na Capital e interior.
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