Globalmente, 181 dos 187 países, representando 99,2% da população adulta global, têm ingestão média de sódio superior à recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2 gramas por dia. Segundo um estudo, se o consumo de sal diminuísse em 10% seria possível salvar milhões de vidas.

O estudo publicado na quarta-feira, 11, pela revista médica The British Medical Journal, defende que os governos invistam mais em políticas para mudar esta realidade. E aponta que custaria somente 1,13 dólares por pessoa ao longo de um período de dez anos, direcionados a programas específicos para a diminuição do consumo, com focos na população e na indústria alimentícia.

O excesso de sal, presente principalmente em alimentos industrializados – como massas instantâneas e temperos prontos -, está na origem de cerca de 1,65 milhão de mortes provocadas por doenças cardíacas em todo o mundo.

O custo dos anos ganhos seria equivalente ao que se gasta atualmente em remédios para tratamento de doenças cardiovasculares, apontam os pesquisadores. Porém, com a vantagem do impulso econômico de aumento da produtividade e qualidade de vida.