Coronavírus: pessoas com comorbidades têm 12 vezes mais chances de morrer
Dados foram apresentados em estudo do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUAPacientes com Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) que possuem problemas de saúde pré-existentes têm 12 vezes mais chances de morrer e 6 vezes mais chances de hospitalização, de acordo com estudo do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência do governo dos EUA, divulgado na segunda-feira (15). O CDC analisou dados de 1,7 milhão de casos relatados à agência federal de saúde dos EUA, entre 22 de janeiro e 30 de maio. Entre os casos estudados, 287.320 – cerca de 22% do total – são de indivíduos com condições de saúde pré-existentes.
Do doenças cardiovasculares, diabetes e doenças pulmonares
Os pesquisadores identificaram que os problemas de saúde mais comuns eram, em ordem, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças pulmonares:
32% doença cardiovascular
30% diabetes
18% doença pulmonar
As condições crônicas menos comuns (mas não menos importantes) são pessoas com doenças hepáticas, imunocomprometidos (HIV, câncer) e aqueles com problemas neurológicos.
Hospitalizações e mortes: doenças pré-existentes e faixa etária
As hospitalizações foram seis vezes maiores entre os pacientes com condições pré-existentes, com 45,4% hospitalizados, em comparação com 7,6% que não tinham.
O número de internações na UTI foi maior entre aqueles com condições subjacentes na faixa etária de 60 a 69 anos (11%) e naqueles entre 70 e 79 anos (12%).
Enquanto isso, as mortes eram 12 vezes mais altas, com registro de 19,5% de mortes em pacientes com doenças subjacentes, em comparação com aqueles sem condições pré-existentes (1,6%).
Os óbitos por coronavírus foram mais comuns entre as pessoas com 80 anos ou mais, independentemente das condições pré-existentes, mas cerca de 50% de todas as mortes ocorreram nessa faixa etária e com uma doença crônica de saúde associada.
Dados que podem guiar medidas protetivas
O CDC diz que as descobertas reforçam a necessidade para que governos, médicos e demais profissionais de saúde prestem mais atenção aos pacientes com doenças subjacentes. “A vigilância em todos os níveis do governo e sua contínua monitorização são essenciais para acompanhar as tendências da Covid-19 e identificar grupos em risco de infecção e os graves resultados caso se infectem”, escreveram os autores do estudo. De fato, idosos e aqueles com condições de saúde subjacentes fazem parte da maioria dos casos que vieram a óbito, em todo o mundo.
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