Gestão e Qualidade | 17 de novembro de 2015

Como funcionam os Contratos de Partilha de Riscos com fornecedores na área da saúde

Como estes tipos de contratos podem beneficiar consumidores e investidores
Como funciona os Contratos de Partilha de Riscos com fornecedores na área da saúde

Quando uma nova tecnologia médica chega ao mercado, os médicos e demais profissionais da saúde logo almejam usufruir do novo item. Mas algumas vezes este desejo não leva em conta a despesa e o impacto financeiro para a organização. Os provedores estão, cada vez mais, relutantes em adquirir novas tecnologias médicas devido ao risco financeiro envolvido. Em momentos de crise, onde as incertezas se acentuam – como no Brasil atualmente -, se fortalecem novas formas de relação comercial. Uma delas é o Contrato de Partilha – ou Compartilhamento – de Riscos.

Segundo Mike LaCasse, vice-presidente da Strategic Partnership Solutions do grupo Medtronic’s situado em New Haven, EUA, o termo “partilha de riscos” veio à tona no setor de saúde ao longo dos últimos anos. Na verdade, não há uma definição universal do termo.

Mas o que realmente significa este modelo de compra e venda? Mike LaCasse disse ao Portal modernhealthcare.com, que o “contrato de partilha de riscos refere-se a um método não tradicional de atribuição de valor em uma transação. Com os contratos de partilha de risco, os resultados clínicos e/ou econômicos são medidos e acordados antes da assinatura do contrato, e o pagamento é dependente de cumprir as medidas acordadas”.

Nos contratos de Partilha de Riscos, as organizações se beneficiam de uma forma diferente. Estes contratos podem beneficiar os profissionais de saúde de duas formas principais:

1. Quando uma organização está hesitante em investir em uma nova tecnologia médica considerada cara, um Contrato de Partilha de Riscos pode mitigar o risco financeiro para o provedor. A organização pode trabalhar com o fornecedor para definir uma medição de resultados e vai sentir um alívio financeiro se a tecnologia não executar a determinadas especificações.

2. Em situações em que uma organização está lutando para encontrar medidas certas e resultados, o provedor parceiro pode, com o fornecedor, aumentar a partilha de dados com transparência. Em seguida, as entidades podem trabalhar juntas, utilizando os dados compartilhados, para atingir o resultado clínico ou econômico desejado.

Contratos de Partilha de Risco está se tornando uma importante estratégia para que as organizações possam disponibilizar para a sua comunidade a adoção de tecnologias médicas modernas. E ao mesmo tempo, que proteja a sua posição financeira, potencializando a busca por melhores resultados.

 

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