Cirurgia bariátrica tem novas regras
Redução do estômago pode ser realizada pelo sistema públicoTeve início na última quarta-feira, 20, a implementação de novas regras para a cirurgia bariátrica no Brasil. Entre as principais mudanças estão a redução da idade mínima para a realização da cirurgia, de 18 para 16 anos, a retirada da idade máxima, que era de 65 anos, e o reajuste (20%) do valor a ser repassado pelo SUS para cobrir honorários médicos e serviços hospitalares em cada procedimento.
Após consulta pública iniciada em setembro de 2012, as alterações foram debatidas e oficializadas no Diário Oficial da União (DOU). Até então, o paciente só podia fazer, pelo SUS, cirurgias de gastrectomia com ou sem desvio duodenal, gastroplastia vertical com banda e gastroplastia com derivação intestinal.
A partir de agora estão garantidas a realização, pela rede pública, de exames e consultas durante o pré e o pós-operatórios, bem como a gastrectomia vertical em manga (sleeve – que remove de 75% a 85% do estômago). Também serão cobertas cirurgias plásticas reconstrutivas para corrigir flacidez da pele e mamas, decorrentes do emagrecimento de grandes proporções em pouco tempo.
A equipe médica tem a obrigação de contar com cardiologista, anestesiologista, enfermeiros, clínico geral, pneumologista, endocrinologista, angiologista, cirurgião plástico, nutricionista, psiquiatra/psicólogo, assistente social e fisioterapeuta. A infraestrutura deve possuir material adequado para assistência a obesos, leitos e salas de cirurgia
Números do Ministério da Saúde colocam Porto Alegre no segundo lugar entre as capitais com maior número de obesos (19,6% da população), atrás apenas do Macapá (21,4%). O ranking com as cinco primeiras cidades é completado com capitais do Nordeste e Centro-Oeste.
No ano passado, o SUS realizou mais de 70 mil operações bariátricas, quatro vezes mais do que em 2011, quando 16 mil procedimentos foram registrados.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) recomenda o tratamento cirúrgico em casos de obesidade mórbida, casos de co-morbidade como apneia do sono, hipertensão, diabetes mellito, dislipidemia, artropatias ou pacientes com IMC superior a 40Kg/m².
Índice de Massa Corporal
O cálculo para se obter o Índice de Massa Corporal (IMC) é simples: divide-se o peso em quilogramas pela altura, em metros, ao quadrado. O resultado é comparado à seguinte tabela:
Até 18,4 – abaixo do peso ideal
de 18,5 a 24,9 – peso ideal
25 a 29,9 – sobrepeso
30 a 34,9 – obesidade grau 1
35 a 39,9 – obesidade grau 2
a partir de 40 – obesidade grau 3