A primeira prótese robótica que consegue se comunicar diretamente com o cérebro estará disponível no mercado em breve. A Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador norte-americano, aprovou a venda do Deka Arm System, chamado de Luke.

A agência de investigação tecnológica do departamento de Defesa dos Estados Unidos (DARPA – Defense Advanced Research Projects Agency), principal entidade apoiadora, conseguiu que o braço biônico capaz de manusear objetos frágeis, fosse aprovado para comercialização. Da concepção do projeto à sua aprovação, foram oito anos de trabalho e o dispêndio de mais de US$ 40 milhões em financiamento para o desenvolvimento do braço robótico, dentro de um projeto mais amplo de US$ 100 milhões para melhorar próteses.

O apelido foi inspirado no braço robótico de Luke Skywalker da saga Star Wars. O braço robótico promete movimentos muito próximos àqueles que seriam feitos pelo braço natural. O Luke funciona através de bateria e consegue realizar ações delicadas como abrir uma fechadura ou manusear um ovo sem quebrá-lo. Permite até seis formas diferentes de agarrar objetos e consegue reconhecer dez movimentos.

O equipamento usa um sistema que tem a capacidade de reconhecer vários comandos simultâneos. A prótese usa um sistema de sensores que detectam os sinais enviados pela extremidade do membro que a pessoa ainda possui. Os engenheiros responsáveis comprovaram que 90% das 36 pessoas que experimentaram, puderam realizar tarefas que com outras próteses nunca conseguiram.

A Deka Arm foi fundada por Dean Kamen, prestigiado engenheiro que inventou, entre outras coisas, o veículo de duas rodas para conduzir de pé conhecido como Segway.