Tecnologia e Inovação | 31 de março de 2018

BNDES vai financiar desenvolvimento de dispositivos para Internet das Coisas no setor da saúde

Presidente da FINEP se comprometeu a dedicar 3 bilhões de reais em financiamento em abril
BNDES vai financiar desenvolvimento de dispositivos para Internet das Coisas no setor da saúde

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai lançar uma chamada pública para financiamento de desenvolvimento de dispositivos para internet das coisas (IoT) no setor de saúde em abril, segundo Thiago Camargo, secretário de política de informática (SEPIN) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Essa é a primeira iniciativa de ação após o estudo “Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil” feito pelo consórcio McKinsey, Fundação CPqD e Pereira Neto Macedo.

De acordo com Camargo, a decisão de começar pela saúde levou em conta a importância do setor para a sociedade. “Se é para gastar muito dinheiro público, nos pareceu que a “mãe de todas as batalhas” é a saúde pública. É uma questão de sobrevivência”, explicou.

A chamada pública contemplará algumas formas de financiamento para criação de dispositivos que sejam baseados em plataformas abertas e sejam destinados a problemas de saúde. “O nosso compromisso é realizar a primeira chamada em abril”, disse. O valor ainda está sendo definido e os projetos serão escolhidos por uma banca formada pelo BNDES junto com MCTIC.

Camargo contou que a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) conseguiu, junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um empréstimo de 1,5 bilhão de dólares. Parte deste valor deve ser usado para financiar projetos de desenvolvimento de internet das coisas. A FINEP financia toda política de inovação do governo brasileiro.

O secretário não detalhou quanto do empréstimo do BID poderia ser usado para IoT, mas afirmou que o presidente substituto e diretor-financeiro da FINEP, Ronaldo Camargo, teria se comprometido a fazer um esforço para dedicar 3 bilhões  de reais apenas na área de saúde. “Este esforço, que vai ser feito junto ao BNDES, já tem uma linha de manufatura avançada e agora buscará uma linha específica para desenvolvimento de IoT”, explica.

As regras para o chamamento serão publicadas em breve, mas Camargo adiantou que serão abertos dois tipos de financiamento de desenvolvimento de dispositivos de IoT para saúde. A linha de fundo perdido voltada para consórcios liderados por instituições de ciência e tecnologia e a linha TJLP (taxa de juros de longo prazo) para iniciativa privada.

Quando perguntado sobre por que apenas dispositivos (hardware) e não serviços, o secretário reforçou que o foco é criar os devices para depois ir para os softwares. “O device exige mais pesquisa, enquanto o serviço exige uma visão de modelo de negócios ou de aplicação. Por isto que este chamamento ocorrerá para o device. A gente acredita que os devices vão ajudar a resolver o lado da oferta e o serviço vem pela demanda”, conta.

Segundo Camargo, os três próximos setores que receberão investimento serão: Agronegócio, Indústria e Cidades.

Com informações da Convergência Digital. Edição Setor Saúde.

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