Estatísticas e Análises | 1 de dezembro de 2023

Avanços da Medicina Nuclear diminuem efeitos colaterais no tratamento do câncer de próstata

Lutécio PSMA surge como destaque na revolução do cuidado de pacientes com câncer de próstata em estágio avançado.
Avanços da Medicina Nuclear diminuem efeitos colaterais no tratamento do câncer de próstata

A terapia inovadora Lutécio PSMA, oferecida pela Medicina Nuclear, destaca-se como uma alternativa promissora no tratamento do câncer de próstata em estágio avançado, especialmente para pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRC), representando uma opção diferenciada em comparação com os métodos convencionais de quimioterapia, incluindo a diminuição de efeitos colaterais, que são normalmente boca e olhos secos.

Essa abordagem reside no uso da molécula PSMA-1, marcada com lutécio radioativo e aplicada por meio de um processo de ionização, método que demonstra eficácia na destruição das células malignas do câncer de próstata. A terapia resulta em um avanço significativo no tratamento desse tipo de neoplasia, trazendo uma perspectiva de redução de lesões e, em alguns casos, remissão da doença, possibilitando mais qualidade de vida aos pacientes.


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Precisão e eficácia

O Dr. Dalton Alexandre dos Anjos, coordenador da Medicina Nuclear da Dasa e do Hospital Santa Paula (foto), comenta a inovação: “A precisão e eficácia dessa terapia oferecem um cenário promissor, proporcionando resultados terapêuticos notáveis com mínimos efeitos colaterais. É uma abordagem que redefine o panorama do tratamento desse tipo específico de câncer”, disse.

Um estudo apresentado no último Congresso Europeu de Oncologia, em outubro deste ano, revelou resultados notáveis do tratamento de pacientes em estágio avançado. No grupo que recebeu o tratamento, 21% alcançaram resposta completa, enquanto o grupo sem o tratamento registrou uma resposta de aproximadamente 3%.

Esses benefícios também foram destacados pelo Congresso Americano de Oncologia (ASCO) em junho de 2020, onde o PSMA Lutécio-177 evidenciou respostas oncológicas superiores e menor incidência de efeitos adversos graves em comparação com a quimioterapia. “Embora o método não elimine completamente os efeitos colaterais, estes são geralmente mais brandos. Enquanto a quimioterapia está associada a efeitos graves, incluindo efeitos hematológicos, os efeitos do Lutécio tendem a ser mais restritos, geralmente manifestando-se como boca e olhos secos.”, completa o especialista.

 

 



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