Estatísticas e Análises | 11 de novembro de 2015

Artigo com recomendações a pacientes cardíacos é destaque no exterior

Estudo de professor do Serviço de Cardiologia do HCPA/Ufrgs foi publicado no Canadian Journal of Cardiology
Artigo com recomendações a pacientes cardíacos é destaque no exterior

Um estudo publicado no Canadian Journal of Cardiology desfaz mitos e fornece recomendações práticas de saúde para aconselhamento de pacientes cardíacos sobre atividades sexuais: este artigo, que tem entre seus autores o professor do Serviço de Cardiologia do HCPA/Ufrgs, Dr. Ricardo Stein, tem ganhado notoriedade em veículos de comunicação do exterior. O estudo Sexual Activity and Heart Patients: A Contemporary Perspective, sugere o modelo KiTOMI, um acrônimo para ajudar médicos no aconselhamento de pacientes cardíacos sobre os atos sexuais que são seguros nestes casos.

A atividade sexual, além de ser um importante aspecto relacionado à qualidade de vida, é algo seguro para pacientes clinicamente estáveis. “De maneira geral, o risco de morte durante a atividade sexual é muito baixo para a maioria dos pacientes estáveis clinicamente e, curiosamente, ainda mais baixo no caso das mulheres”, aponta Stein. A ocorrência de uma morte súbita em função de evento cardíaco é muito rara, correspondendo a menos de 2% de todos os casos relacionados a algum tipo de exercício físico. Ainda assim, o aconselhamento sobre como retomar a atividade sexual é fundamental para pacientes que passaram por eventos ou procedimentos cardíacos. A atividade sexual envolve comportamentos como beijos, toques, sexo oral, masturbação e sexo vaginal/anal – a partir destas palavras em inglês, tem origem o acrônimo KiTOMI.

Segundo os autores, o modelo permite que profissionais da área da saúde possam orientar os pacientes de forma simples e objetiva, de modo que aqueles com mais restrições, inicialmente, adotem práticas mais moderadas até que possam progressivamente evoluir para as demais. “É importante que o tema deixe de ser um tabu e que o aconselhamento sexual por parte de um profissional de saúde faça parte das orientações voltadas ao bem estar destes pacientes”, salienta o médico.

 

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