Após paralisação de médicos, Governo recua em medidas
Adoção do Revalida é a próxima luta das entidades médicasOs dois dias de paralisação na área da saúde, realizados terça e quarta-feira, dias 30 e 31, podem ter surtido efeito, já que obrigatoriedade de servir ao SUS por dois anos após a graduação foi suprimida. O ministro da educação, Aloizio Mercadante, salientou que o Governo Federal é favorável à permanência dos seis anos para a conclusão do curso.
Na última quarta-feira, 31, as mudanças no Mais Médicos foram discutidas em reunião entre os ministros da educação e da saúde (Alexandre Padilha), representantes de universidades federais e associações do setor saúde. Ficou acordado que 40% das vagas de residência médica sejam destinadas à medicina de família e comunidade até 2017.
Na nova ideia, a residência médica terá um ano voltado para a atenção básica, urgências e emergências. A prorrogação da duração das residências dependerá de cada especialidade. Com a perspectiva de zerar o déficit de vagas nos programas de especialização nos próximos quatro anos, há o objetivo de tornar obrigatória a residência médica em 2018.
Ao final do encontro foi entregue um documento aos ministros, que sugere a “adoção do Revalida (exame do governo para avaliar se os profissionais formados em outro país tem capacidade para atuar no Brasil) como única via de acesso à revalidação de diplomas médicos obtidos no exterior”.