Apenas 11,7% das operadoras são consideradas “muito boas”
Índice de Desempenho da Saúde Suplementar mostra a avaliação pela ótica dos consumidores e da agência reguladora
Os resultados do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) 2013 divulgados pela ANS na última segunda-feira, 2, mostraram que as empresas de planos de saúde do Brasil não estão satisfazendo plenamente os clientes. Os dados, referentes ao ano de 2012, revelaram que apenas 11,7% das operadoras médico-hospitalares alcançaram o resultado “muito bom”.
Das 878 operadoras analisadas, apenas 11,7% (108 empresas) ficaram na faixa mais alta de pontuação (entre 0,8 e 1), de acordo com o IDSS, o que revela uma queda na qualidade em relação ao mesmo índice, apurado no ano anterior, que foi de 17,3%. Um somatório de 51,8% (446 operadoras, sendo 57 grandes e 158 médias, suportando 68,1% dos beneficiários) ficou na faixa considerada boa, o que equivale à pontuação de 0,6 a 079.
O IDSS aponta que 63,5% dos beneficiários do País estão em operadoras que obtiveram nota igual ou superior a 0,6. Apenas três empresas de grande porte (acima de 100 mil beneficiários) receberam as maiores notas: a operadora de planos da Petrobras, a Unimed BH (Minas Gerais) e a Unimed Regional de Maringá ( Paraná).
A avaliação das operadoras exclusivamente odontológicas mostrou que 44,4% são boas (0,6 a 079 pontos), 24,4% são regulares (0,40 a 0,59) e 16,3% são muito boas (0,8 a 1). O IDDS é baseado em 33 indicadores, divididos em quatro áreas: atenção à saúde (responsável por 40% da nota final); avaliações de satisfação dos usuários; estrutura da operadora (como a dispersão da rede hospitalar); e o desempenho econômico. Os três últimos quesitos correspondem à 20% da nota final.
Para o próximo ano estão previstas mudanças, e a pesquisa deixará de ser voluntária e será obrigatória para operadoras de grande porte.
O usuário pode pesquisar a nota de sua operadora no site da agência, na área “Espaço Qualidade”. Todos os dados estão disponíveis na página www.ans.gov.br