Gestão e Qualidade | 17 de abril de 2013

Agenda 2020 atualiza diagnóstico sobre a realidade da saúde no RS

Estudo, com números atualizados para 2012, apresenta novidades sobre os quatro eixos analisados pelos integrantes do Fórum Temático
Agenda 2020 atualiza diagnostico sobre a realidade da saude no RS

Os integrantes do Fórum Temático de Saúde da Agenda 2020, coordenado pelo presidente da FEHOSUL, Dr. Cláudio José Allgayer, reuniram-se nesta quarta-feira, 17, para discutir sobre a atualização dos dados do diagnóstico sobre o cenário da saúde no Rio Grande do Sul. As informações – que continham números até 2011 – recebeu um upgrade para dados de 2012, apresentando uma realidade atualizada sobre a saúde pública no Estado.

Os dados analisados estão relacionados a  24 municípios que representam 58% do Produto Interno Bruto (PIB)  e 51% da população do Estado.

O coordenador da atualização dos dados, Dr. Eduardo Elsade, fez uma crítica aos recursos financeiros destinados ao Estado e aos municípios analisados. “Estamos estagnados em termos de aporte financeiro”, declarou. Para ele, a gestão única dos municípios é o principal entrave para as dificuldades de acesso e gestão do sistema de saúde atualmente. “As cidades que não aderiram a esse modelo, que não tem regulação do município, tem melhor gestão da saúde”, afirma.

Uma das constatações após a atualização, foi que não há dados sobre a mortalidade infantil e materna dos últimos dois anos nos órgãos oficiais. No estudo apresentado, foram incluídos apenas os dados de 2010.

Os dados analisados demonstram que o Rio Grande do Sul tem uma particularidade: o Estado tem o Instituto de Previdência (IPE- Saúde), que atende, em média  10% da população estadual. Em Caxias do Sul também há o Instituto de Previdência de Caxias. Ambos não são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e, por isso, não tiveram seus dados incluídos no diagnóstico obtido junto a ANS.  Porém, o grupo está integrando estes dados para serem  analisados conjuntamente com todo o estudo, no que se refere a saúde suplementar.

Leomar Bammann, Diretor Administrativo do Hospital São Lucas da PUCRS, colocou outra questão aos integrantes do Fórum Temático de Saúde. Para ele, é importante que o custo da Atenção Básica também seja discutido pelo grupo, uma vez que é o cenário do futuro na saúde no Brasil. “É um custo astronômico e que não se tem resultado efetivo. O custo com médico aumentou em 70% no último ano sem apresentar um resultado efetivo. O custo da saúde no Brasil não é real e vai encarecer a saúde no país nos próximos anos”, alertou Bammann.

Todo o material será analisado por todos os integrantes até o final da próxima semana, quando farão sugestões, recomendações e críticas visando enriquecer o material.

Uma nova reunião será agendada para o início de maio, para ser redigida a versão final do documento e o planejamento para as próximas ações do Grupo Temático da Saúde.

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