Empregabilidade e Aperfeiçoamento | 12 de dezembro de 2025

Profissionais da saúde lançam guia prático com foco em Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Elaborado com base em evidências científicas, o material inédito reúne informações e orientações para profissionais que atuam com crianças e adolescentes autistas.
Profissionais da saúde lançam guia prático com foco em Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Profissionais de saúde e médicos especializados em neurologia, psiquiatria e genética, além de neuropsicologia, se uniram para elaborar o primeiro Guia Prático – Transtorno do Espectro Autista, uma iniciativa para contribuir para o diagnóstico e tratamento da condição no país. O livro, que tem o apoio da Biosintética Prescrição, marca do portfólio do Aché Laboratórios Farmacêuticos,- e a chancela da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI) foi lançado durante o 20º Congresso Brasileiro de Neurologia Infantil. Promovido pela SBNI, o evento foi em São Paulo, no fim de novembro.



A publicação tem como objetivo apoiar profissionais da saúde que atendem crianças e adolescentes na jornada desses pacientes, oferecendo subsídios para o manejo e o diagnóstico do autismo. Baseado em evidências científicas, o guia visa facilitar a identificação rápida e segura da condição. O manual versa sobre epidemiologia, etiologia, quadro clínico e orienta a investigação e a abordagem terapêutica do TEA, além de esclarecer diagnósticos diferenciais. A ausência de um marcador biológico torna o diagnóstico um desafio que exige experiência clínica, habilidade e familiaridade com o espectro autista. Para avaliar o paciente, é preciso conhecimento sobre outros transtornos do neurodesenvolvimento e sobre a variação normal do desenvolvimento da criança ou adolescente.


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Para o psiquiatra Dr. Stevin Zung, Diretor Médico-Científico do Aché Laboratórios, o apoio institucional na elaboração do guia reflete o compromisso da empresa com iniciativas científicas conduzidas por entidades especializadas. “Este lançamento só é possível porque acreditamos em inovação com propósito. Essa iniciativa reforça nosso compromisso de atuar cada vez mais como ponte entre a ciência, o cuidado ao paciente e o acesso à saúde, contribuindo para a disseminação das melhores práticas baseadas em conhecimento científico,” afirma Dr. Stevin.


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“O material oferece uma visão completa e acessível do TEA, abordando seus impactos, epidemiologia, etiologia e quadro clínico. O guia traz também orientações claras sobre diagnóstico, comorbidades, tratamentos não farmacológicos e farmacológicos. Temos convicção de que fará a diferença na vida de muitos médicos para apoiar decisões clínicas fundamentais”, explica Dr. Erasmo Casella, membro do Departamento Científico de Transtornos do Neurodesenvolvimento da SBNI e um dos editores do guia, além de médico assistente e coordenador do Ambulatório de Transtornos do Neurodesenvolvimento do Instituto da Criança e do Adolescente (ICr) do HCFMUSP.

Para a Dra. Rosa Magaly, médica pediatra e psiquiatra, e uma das coautoras do guia, este é um marco importante para a saúde no Brasil, pois preenche uma lacuna. “Este guia preenche uma lacuna crítica no diagnóstico do TEA no Brasil. Enquanto a identificação de sinais de alerta pode iniciar já nos primeiros meses de vida, a confirmação clínica é possível ainda na fase pré-escolar. O diagnóstico tardio é uma barreira importante pois compromete intervenções oportunas. Esperamos sistematizar o rastreamento de sintomas atípicos, acelerando a detecção de crianças com TEA e sensibilizando sobre o acesso a terapias baseadas em evidências que otimizam o desenvolvimento e a qualidade de vida”, diz.

Guia Prático - Transtorno do Espectro Autista

O caminho para o diagnóstico

O diagnóstico do TEA é essencialmente feito a partir de avaliação clínica, entrevistas com os responsáveis e observação do comportamento do paciente. As dificuldades na comunicação e na interação social constituem o núcleo definidor da condição, que também pode se manifestar por interesses restritos, comportamentos repetitivos e alterações sensoriais. A condição pode estar associada, também, a outros aspectos do neurodesenvolvimento, o que reforça a necessidade de avaliação multidisciplinar.

Indivíduos no espectro frequentemente apresentam comorbidades médicas de desenvolvimento, comportamentais ou psiquiátricas, que impactam a qualidade de vida. O plano terapêutico deve envolver ajustes dinâmicos contínuos, oferecendo apoio emocional e a assistência social necessária para preservar a qualidade de vida dos assistidos.

Coautores do Guia Prático Transtorno do Espectro Autista

Escrito por profissionais de diversas especialidades, compõem o time de profissionais da área da saúde que assinam o guia: Dra. Adélia Henriques-Souza; Dra. Beatriz Borba Casella; Dra. Eliete Chiconelli Faria;  Dr. Hélio Van der Linden Junior; Dra. Joana Portolese; Dra. Juliana H. Arita e Dr. Rodrigo Ambrosio Fock. Os editores responsáveis são: Dr. Erasmo Casella e Dra. Rosa Magaly C. B. de Morais.

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