A FEHOSUL realizou mais uma edição do Fórum RH no dia 21 de agosto. O encontro teve como tema o aproveitamento interno de vagas em instituições de saúde. Com a coordenação de Elenice de Freitas Lima, especialista em gestão de pessoas do Hospital Mãe de Deus, os participantes debateram sobre o assunto, que foi elucidado através da apresentação de cases.

Para mostrar o funcionamento das práticas de aproveitamento interno de vagas, foram chamadas supervisoras e responsáveis pelos setores de recrutamento de três hospitais: Mãe de Deus e Moinhos de Vento, ambos da capital e Regina (Novo Hamburgo). Embora cada estabelecimento tenha suas práticas, um requisito é padrão: funcionários precisam ter um mínimo de seis meses de experiência na instituição para concorrer a uma nova vaga.

Para o Sistema de Saúde Mãe de Deus (SSMD), o diferencial de aproveitar profissionais internos é valorizar e reter talentos, possibilitando crescimento dos funcionários e estagiários. Assim, desde 2008 a instituição possibilita a oportunidade de crescimento profissional-pessoal e estimula a cultura de autodesenvolvimento de carreira. Em média, 85% das vagas do SSMD são preenchidas internamente.

“É importante ver o que cada um faz, o objetivo do Fórum RH é justamente essa troca. Alguns hospitais já trabalham bem, muitos de forma semelhante, mas outros não tem nenhuma estrutura para colocar em prática essas medidas”, resumiu a coordenadora do encontro, Elenice de Freitas Lima.

Para o Hospital Moinhos de Vento (HMV), que também apresentou seus procedimentos no setor, o objetivo do recrutamento dentro da instituição é fundamental para fidelizar o colaborador e aproveitar potenciais internos, oportunizando carreira no HMV. A avaliação é de que, para o colaborador, é uma oportunidade de carreira e crescimento profissional. Do outro lado, a instituição ganha com a retenção de profissionais que já estejam alinhados com a cultura do HMV. Assim, o resultado é alta produtividade unida com maior satisfação.

Segundo Elenice, exceto a questão do perfil técnico que o setor da saúde exige, a realidade dos hospitais não é diferente de outras empresas. “Fazemos muito benchmarking. Quando precisamos de um plano de aposentadoria, por exemplo, pesquisamos o que está sendo feito no mercado. Essas informações não são segredo, e muitos estão de portas abertas para esse intercâmbio”, completou a especialista.

Além da assessoria da FEHOSUL e dos gestores dos hospitais que apresentaram os cases, estiveram presentes representantes dos hospitais Tacchini (Bento Gonçalves), São Vicente de Paulo (Passo Fundo), Virvi Ramos (Caxias do Sul), São Lucas da PUCRS, Santa Casa de Misericórdia, Divina Providência e Ernesto Dornelles (todos de Porto Alegre); além de representantes das clínicas Diaglaser e Sidi Medicina por Imagem.