Estatísticas e Análises, Mundo | 20 de dezembro de 2014

30 maiores farmacêuticas investiram US$ 112 bilhões em pesquisa e desenvolvimento

Levantamento mostra que houve um aumento de US$ 723 milhões
30 maiores farmacêuticas investiram US$ 112 bilhões em pesquisa e desenvolviment

As 30 maiores companhias farmacêuticas do mundo investiram, juntas, mais de US$ 112 bilhões em pesquisa e desenvolvimento em 2013. De acordo com o levantamento da empresa de consultoria, GlobalData, houve um aumento de US$ 723 milhões em relação ao ano anterior.

O relatório da empresa mostra que a liderança nesses investimentos é da Roche, com quase US$ 10 bilhões. Enquanto isso Novartis e Johnson&Johnson (J&J) aumentaram os recursos em pesquisas em cerca de US$ 500 milhões, cada. A Novartis cresceu 5,6%, aplicando US$ 9,8 bilhões, enquanto a J&J gastou US $ 8,2 bilhões, crescimento de 6,8%.

Adam Dion, analista da GlobalData, disse ao site Pharmaceutical Processing que o aumento dos investimentos ocorreu, em parte, devido ao avanço das fabricantes em seus programas de pesquisas clínicas em estágios avançados, que são geralmente mais caros. “Os gastos da Roche em pesquisas foram amparados por investimentos contínuos nas áreas de oncologia e neurociência, como a investigação relacionada ao anti-corpo anti-PDL-1 para o tratamento de câncer de pulmão, bem como o avanço de seus programas para a doença de Alzheimer”, comentou Dion.

Já o investimento da Novartis, segundo o analista, “cresceu devido à sua subsidiária Alcon, que destinou recursos adicionais para pesquisa de desenvolvimento de novos produtos para os olhos. O setor de Vacinas e Diagnósticos da companhia apresentou investimentos pesados para colocar no mercado uma vacina (Bexsero) contra a meningite B”.

Nem todas as empresas, porém, focaram tanto em pesquisas. Dion explica que “nos esforços para melhorar as margens de lucro, a redução de custos continua a ser uma necessidade estratégica para alguns players. Muitas empresas reduziram sua força de trabalho para ajudar a estabilizar os lucros após perdas de patentes”.

A Pfizer, por exemplo, cortou mais de US $ 1,2 bilhão nessa área depois de perder a exclusividade de mercado dos medicamentos Lipitor e Caduet, enquanto a Merck continuou com seu programa de reestruturação, cortando em torno de US$ 600 milhões em 2013 após a perda da patente do Singular, produto para tratamento respiratório.

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