Estatísticas e Análises | 8 de novembro de 2017

30% dos idosos têm dificuldade para realizar atividades diárias

Ministério da Saúde estabelece medidas para reduzir risco de perda da capacidade funcional e desempenho cognitivo
Projeto Estratégia Nacional para o Envelhecimento Saudável na rede pública de saúde

No dia 6 de novembro, o Ministério da Saúde lançou, oficialmente, a Estratégia Nacional para o Envelhecimento Saudável na rede pública de saúde. O projeto deve priorizar a avaliação funcional e psicossocial, além dos dados clínicos de pacientes com 60 anos ou mais. O objetivo é reduzir a perda da autonomia, aumentar o desempenho cognitivo e a sobrevida desses pacientes.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui a quinta maior população idosa do mundo, com cerca de 29,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Desse total, 69,9% são independentes para o autocuidado e 30,1% têm alguma dificuldade para realizar atividades da vida diária.

Dessa parcela, 17,3% tem muita dificuldade com atividades instrumentais, como preparar alimentos, cuidar da casa e se deslocar. Outros 6,8% apresentam dificuldades com atividades básicas, como vestir-se e alimentar-se. As doenças crônicas também crescem nessa população. Atualmente, entre os idosos de 60 a 69 anos, 25,1% tem diabetes, 57,1% foram diagnosticados com hipertensão, além de a maioria estar com excesso de peso (63,5%) e 23,1% com obesidade.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2030 o número de brasileiros idosos ultrapassará o de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos e representará 41,5 milhões de pessoas, ou 18,7% da população.

Ricardo Barros, ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirma que o Brasil terá um grande crescimento de pessoas idosas e de forma muito acelerada. “Com isso, precisamos estar mais preparados para essa nova realidade e é justamente isso que estamos fazendo. A nossa proposta é que o olhar não seja focada apenas na doença e sim na saúde, ou seja, vamos parar de financiar a doença e investir em um atendimento integral à população idosa, justamente para evitar que essas pessoas desenvolvam doenças”, explica.

Com as novas diretrizes, o profissional deverá levar em consideração, por exemplo, o nível de independência e autonomia para atividades cotidianas, as necessidades de adaptação ou supervisão de terceiros, a vulnerabilidade social e o estilo de vida das pessoas, como alimentação, prática de exercícios, prevenção de quedas, hábitos de saúde e histórico clínico.

O atendimento deve ser feito por meio da Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS, em uma das 41.688 Unidades Básicas de Saúde distribuídas por todo o Brasil. Quando for necessário, o paciente será encaminhado a unidades especializadas de saúde.

Com informações do Ministério da Saúde. Edição Setor Saúde.

Foto: Rodrigo Nunes/MS

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