O Dia Internacional da Enfermagem é celebrado em 12 de maio. A data, definida pelo Conselho Internacional de Enfermeiros em 1974, faz referência ao nascimento de Florence Nightingale (1820-1910), considerada a mãe da enfermagem moderna.

No Brasil, entre 12 e 20 de maio comemora-se a Semana da Enfermagem, instituída em meados dos anos 1940 em homenagem a outra grande personagem: Ana Néri (1814-1880), enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.

“O enfermeiro é um profissional liberal autônomo, com competências definidas, e que integra uma equipe multiprofissional. O enfermeiro faz o diagnóstico do cuidado, cuida do paciente, e o médico trata. A assistência só se completa quando há sintonia entre os dois”, resume Teresinha Valduga, enfermeira especialista em Administração Hospitalar e de Enfermagem, mestre em Saúde Coletiva e coordenadora dos cursos de especialização em Administração dos Serviços de Enfermagem e Administração Hospitalar e Negócios em Saúde do IAHCS.

A origem da profissão é milenar, remetendo à época do Velho Testamento, quando ser enfermeiro era uma referência a quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficientes. “Hoje, os espaços de atuação do enfermeiro são abrangentes, atingem todas as áreas: assistência, ensino, pesquisa e tecnologia”, compara a especialista.

“Entre os principais desafios da atualidade está a longevidade da população. O enfermeiro precisa de conhecimento para lidar com essa realidade. O cuidado com o idoso, as doenças crônicas e degenerativas, saber atender essa fatia da sociedade é outro grande desafio. Cada vez mais, a tecnologia está presente no nosso dia a dia, os hospitais estão cada vez mais complexos. O enfermeiro precisa se preparar”, explica Teresinha.

Mais de 190 mil enfermeiros atuam no Brasil, além de técnicos e auxiliares de enfermagem, que totalizam um número superior a 900 mil profissionais. Segundo a enfermeira, os profissionais da área devem primar pela gestão de pessoas. “Onde há assistência precisa ter a supervisão do enfermeiro e temos o grande desafio de acompanhar as novas gerações. Isso influencia a evolução da profissão, desde o ensino até a prática”.