Tecnologia e Inovação | 18 de fevereiro de 2015

Vacina demonstra resultados animadores para 90% de todos os tipos de câncer

Previne o reaparecimento do tumor em pacientes em fase inicial ou em remissão
Vacina demonstra resultados animadores para 90 de todos os tipos de cancer

Há décadas os cientistas vêm tentando encontrar uma cura para o câncer, uma doença terminal que mata cerca de oito milhões de pessoas a cada ano e que é diagnosticada em 14 milhões de novos pacientes, em todo o mundo, anualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A grande notícia para o setor, divulgada no início de 2015, é a de que investigadores de Israel estão desenvolvendo uma vacina que pode ser eficaz contra 90% de todos os tipos de câncer. A ImMucin, como é chamada, é uma vacina profilática que deverá ser administrada em pacientes já diagnosticados e cujo objetivo é, ao invés de tratar a doença, prevenir o seu reaparecimento. Os estudos foram publicados na British Journal of Haematology.

A vacina profilática pode desencadear uma resposta em aproximadamente 90% de todos os tipos de câncer, de acordo com a empresa. O trabalho, que já dura mais de 10 anos, é da companhia de biotecnologia Vaxil BioTherapeutics. A ImMucin já foi testada, com sucesso, em pacientes com mieloma múltiplo e com câncer de mama.

Segundo a empresa,  os investigadores estão “tentando aproveitar o poder natural do sistema imunológico para combater o câncer fazendo-o identificar as células cancerígenas e destruí-las”.

A equipe que desenvolve a ImMucin ressalta que não se trata de uma opção substituta para os tratamentos oncológicos convencionais, como a quimioterapia e a radioterapia. A vacina é uma ferramenta para auxiliar os pacientes que tenham sido diagnosticados precocemente com a doença, ou que estejam em remissão.

O foco da vacina são pacientes que já estão doentes, mas precisa de um organismo ainda “relativamente saudável” para funcionar. Ou seja, não deverá ser eficaz em situações em que a doença esteja em estado avançado. A droga estimula uma parte específica do sistema imunitário e “ensina-o a atacar certas células” que reconhece como cancerígenas, conforme explicam os pesquisadores, que estimam colocar o produto no mercado até o final da década.

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