Vacina demonstra resultados animadores para 90% de todos os tipos de câncer
Previne o reaparecimento do tumor em pacientes em fase inicial ou em remissãoHá décadas os cientistas vêm tentando encontrar uma cura para o câncer, uma doença terminal que mata cerca de oito milhões de pessoas a cada ano e que é diagnosticada em 14 milhões de novos pacientes, em todo o mundo, anualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A grande notícia para o setor, divulgada no início de 2015, é a de que investigadores de Israel estão desenvolvendo uma vacina que pode ser eficaz contra 90% de todos os tipos de câncer. A ImMucin, como é chamada, é uma vacina profilática que deverá ser administrada em pacientes já diagnosticados e cujo objetivo é, ao invés de tratar a doença, prevenir o seu reaparecimento. Os estudos foram publicados na British Journal of Haematology.
A vacina profilática pode desencadear uma resposta em aproximadamente 90% de todos os tipos de câncer, de acordo com a empresa. O trabalho, que já dura mais de 10 anos, é da companhia de biotecnologia Vaxil BioTherapeutics. A ImMucin já foi testada, com sucesso, em pacientes com mieloma múltiplo e com câncer de mama.
Segundo a empresa, os investigadores estão “tentando aproveitar o poder natural do sistema imunológico para combater o câncer fazendo-o identificar as células cancerígenas e destruí-las”.
A equipe que desenvolve a ImMucin ressalta que não se trata de uma opção substituta para os tratamentos oncológicos convencionais, como a quimioterapia e a radioterapia. A vacina é uma ferramenta para auxiliar os pacientes que tenham sido diagnosticados precocemente com a doença, ou que estejam em remissão.
O foco da vacina são pacientes que já estão doentes, mas precisa de um organismo ainda “relativamente saudável” para funcionar. Ou seja, não deverá ser eficaz em situações em que a doença esteja em estado avançado. A droga estimula uma parte específica do sistema imunitário e “ensina-o a atacar certas células” que reconhece como cancerígenas, conforme explicam os pesquisadores, que estimam colocar o produto no mercado até o final da década.