Uso de Januvia pode estar associado ao maior risco de hospitalização por insuficiência cardíaca
Estudo publicado no Journal of the American College of CardiologyHá anos os efeitos cardiovasculares dos medicamentos utilizados para o controle da glicose em pacientes com diabetes têm sido tema de controvérsia. Recentemente, o foco dessa questão passou a se concentrar sobre o risco de insuficiência cardíaca, que é respaldado por um estudo publicado no periódico Journal of the American College of Cardiology (JACC) Heart Failure, que questiona a eficácia dos inibidores de enzima DPP-4 (dipeptidil peptidase) como o medicamento Januvia, da Merck Sharp & Dohme.
A pesquisa canadense analisou os créditos de um banco de dados com mais de 7,6 mil pacientes diabéticos e insuficiência cardíaca. Embora as pessoas que tomaram a sitagliptina não foram diagnosticadas mais propensas a um evento como óbito ou internação, o perigo era maior em casos de problemas cardíacos (12,5%, contra 9% dos não usuários).
A principal autora do estudo, Daniala L. Weir, destacou no trabalho que a descoberta “é clinicamente relevante” e pode acarretar em um impacto sobre a escolha terapêutica para pacientes com insuficiência cardíaca com diabetes. O medicamento central da pesquisa, Januvia, é comercializado no Brasil desde 2006.
Mesmo que em escala pequena, os resultados trazem evidências que sugerem que os inibidores de DPP-4 e, possivelmente, medicamentos para diabetes em geral, podem aumentar o risco de insuficiência cardíaca. No entanto, o aumento desse risco não se fez presente em todos os pacientes analisados.