Estatísticas e Análises | 13 de março de 2017

Tire suas dúvidas sobre tratamentos para a doença de Parkinson

Especialista do Hospital São Lucas da PUCRS aborda questões sobre a doença
Tire suas dúvidas sobre tratamentos para a doença de Parkinson

A Doença de Parkinson (DP) atinge em torno de 3% da população acima de 65 anos no Brasil. Quem tem DP sofre com a perda de alguns tipos de neurônios, o que provoca a alteração de diversas funções motoras e não motoras. Entre as opções para o tratamento, a cirurgia é uma alternativa que busca o aumento da qualidade de vida do paciente através do controle dos sintomas da doença e redução dos efeitos colaterais trazidos pelas medicações.

O tratamento da DP é realizado com diversos remédios, que buscam aliviar os sintomas. Apesar da melhora nesse aspecto, com o uso contínuo, essas drogas provocam alguns efeitos colaterais, como as chamadas flutuações motoras, a redução do tempo do efeito do medicamento e o aparecimento de movimentos involuntários, como balanceios do corpo, conhecidos como discinesias. A cirurgia busca também amenizar essas complicações, trazendo mais conforto aos pacientes.

Cirurgia e melhora dos sintomas

No procedimento, utiliza-se um sistema de Estimulação Cerebral Profunda (ECP). Para isso, são implantados um gerador subcutâneo na região do tórax e dois eletrodos, que, de forma conjunta, transmitem pequenas correntes elétricas para regiões profundas do cérebro, a exemplo de um marcapasso. A melhora esperada é de mais de 50% em sintomas como tremores, rigidez e a lentidão dos movimentos.

Problemas como distúrbios da fala, da deglutição, do equilíbrio, quedas, congelamento da marcha, transtornos de humor e perda de memória não são amenizados com o processo, que é considerado de baixo risco.

O neurologista Bruno Fraiman, do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) lembra que o procedimento é uma importante ferramenta para o seu tratamento. “Esse é um grande recurso disponível, trazendo importante alívio dos sintomas para os portadores da doença, além de redução nas doses das medicações utilizadas”, explica.

Uma investigação cuidadosa deve ser realizada pela equipe para determinar se o paciente é um candidato ideal. Por isso, o processo inclui a solicitação de exames de neuroimagem e avaliação neuropsicológica, além de análise criteriosa de aspectos clínicos.

O que o Hospital São Lucas oferece

O HSL conta com uma equipe multidisciplinar especializada, composta por neurologistas e neurocirurgiões. O atendimento desses casos acontece no Ambulatório de Distúrbios do Movimento, no conjunto 311. O agendamento das consultas de convênios e particulares deve ser feito através do telefone (51) 3320.3200.

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