Mundo | 16 de julho de 2014

Telemedicina avança na França

Assistência a pacientes com dificuldades de locomoção e redução de gastos como benefícios
e-saude

O avanço das tecnologias de informática e de comunicação são ferramentas eficazes na redução dos custos hospitalares e na melhora da assistência médica. Com essa visão, o Ministério da Saúde da França pretende reformular o setor no país.

Para  o presidente da Sociedade Francesa de Telemedicina, Dr. Pierre Simon a telemedicina “é uma ferramenta que irá reduzir significativamente os custos hospitalares. A insuficiência cardíaca, por exemplo, atinge 300 mil pessoas na França, que perdem em média de 12 a 13 dias por ano no hospital”.  Segundo ele “com a ajuda da telemedicina preventiva podemos reduzir o tempo médio de internação para 3 ou 4 dias e fazer uma poupança de mais de € 1 bilhão por ano”.

O projeto governamental de telemedicina fará gestão de doenças crônicas através de áreas prioritárias, identificadas pelo governo em 2011: fornecer atendimento remoto permanente, oferecer suporte para pacientes com seqüelas de AVC, dar assistência médica a detentos, às estruturas sociais e em casa.

A ferramenta atua como um serviço de aperfeiçoamento da assistência médica, muito eficaz para situações em que o paciente se encontra sem condições de ser atendido de forma pessoal. “Sem a telemedicina, quem vive 30 ou 40 quilômetros longe do primeiro posto de saúde deve se deslocar de carro ou chamar uma ambulância. Além de gastar em transporte, a distância é uma barreira para cuidados regulares”, analisa o especialista, em entrevista ao diário Le Figaro.

Um exemplo dessa gestão é o Hospital Montpellier, que oferecerá a partir de setembro o “e-dente”, uma teleconsulta odontológica. Financiado pela agência de saúde (ARS) da região do Languedoc-Roussillon, o projeto conta com cinco câmeras de luz fluorescente que destacam cáries e inflamação gengival, que serão tratadas por um profissional de saúde treinado, diretamente no local. Uma vez que as imagens são enviadas para um servidor, um dentista acessa a partir de seu hospital e faz a consulta à distância, enviando posteriormente uma recomendação de consulta.

Desde 2010, os projetos e-Saúde têm crescido na França, com mais de mil médicos utilizando esses sistemas operacionais, seja por meio de salas especialmente estruturadas, smartphones ou tablets. A projeção é que 2015 será “um ano de pleno desenvolvimento das aplicações da telemedicina”, considerou Simon, lembrando a importância de adaptação à tecnologia.

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