Técnica guiada por fluorescência proporciona maior segurança em procedimentos cirúrgicos
Hospital Regina é pioneiro na utilização do método em procedimentos complexos na região do Vale dos SinosSomada à expertise do cirurgião, uma técnica inovadora traz mais precisão à tomada de decisão durante alguns procedimentos, como a identificação de metástases, além de aumentar as possibilidades terapêuticas para o paciente. É a cirurgia guiada por fluorescência, um refinamento técnico utilizado principalmente nas intervenções videolaparoscópicas.
No Vale do Sinos, o Hospital Regina (Novo Hamburgo/RS) é o centro médico pioneiro na utilização desta técnica inovadora. O coloproctologista do Hospital, Dr. Tiago Luis Dedavid, detalha que esta técnica videocirúrgica especial possibilita a obtenção de imagens num espectro de luz chamado infravermelho próximo, que não é visível ao olho humano. Para tanto, é utilizada uma substância de contraste, a indocianina verde, que possui como característica a fluorescência. “Quando estimulada, a indocianina verde emite radiações infravermelhas que são captadas em tempo real pela câmera de videocirurgia. As imagens geradas auxiliam o cirurgião na tomada de decisão”, ressalta o médico.
O coloproctologista ainda reforça que este procedimento é considerado bastante seguro. “A maior preocupação seria com a ocorrência de reações alérgicas com o uso da indocianina verde, o que é bastante incomum. A substância é praticamente toda metabolizada e eliminada pelo fígado, minimizando a possibilidade de toxicidade renal”, acrescenta.
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Principais usos da cirurgia por fluorescência
O médico do Hospital Regina explica que a cirurgia por fluorescência geralmente é usada em três situações distintas: na avaliação da perfusão sanguínea dos tecidos, na identificação de estruturas anatômicas e na identificação de linfonodos sentinelas em procedimentos oncológicos.
Na avaliação da perfusão sanguínea dos tecidos, é muito utilizada nas cirurgias do intestino grosso. “Após a remoção de um segmento intestinal doente, o cirurgião tem uma ferramenta adicional para definir se o restante do intestino está viável e adequado para a confecção de uma anastomose, que é a ligação entre duas partes distintas do intestino”, informa.
O segundo caso seria na identificação de estruturas anatômicas. “Pode-se dizer que através desta técnica é possível ‘enxergar’ algumas estruturas vitais através dos tecidos, diminuindo o risco de lesões. O principal exemplo desta aplicação ocorre no tratamento das doenças das vias biliares.”
Por fim, destaca Dedavid, a cirurgia por fluorescência “também possibilita a técnica do linfonodo sentinela, na qual avalia-se o provável território de drenagem linfática de tumores malignos, auxiliando na detecção de metástases, como em alguns casos de câncer de endométrio.”
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