Mundo | 7 de fevereiro de 2014

Tabaco e cinema: uma relação perigosa há 60 anos

Maior inimigo do combate ao câncer, cigarro já foi símbolo de elegância na sétima arte
Tabaco e cinema uma relação perigosa há 60 anos

O cinema francês sempre foi sinônimo de charme e beleza. O cigarro, há 60 anos era símbolo de elegância, mas hoje é um dos maiores inimigos do projeto nacional para o combate à doença para os próximos seis anos.

Nos anos 1940 e 1950, os cigarros eram a marca das Femme Fatales e dos detetives da sétima arte. Nas duas décadas seguintes, o consumo de cigarros invadiu definitivamente as telas, mas com nova conotação, menos glamouroso e mais natural, fzendo parte da rotina dos personagens.

A conotação prejudicial do cigarro começa a aparecer, de forma mais clara, só nos anos 1990. É nessa época que personagens como Bridget Jones apresentam sinais de uma patologia, ligando a depressão ao consumo de tabaco. No filme Canet Ne Le Dis a Personne, o personagem de François Cluzet fuma em demasia para esquecer o assassinato de sua esposa.

 Tabaco, inimigo público número um na França

Por volta de 44 mil mortes por câncer na França são relacionadas com o tabaco, enquanto o álcool vitima 15 mil, a obesidade 23 mil e a luz solar (câncer de pele) leva a óbito mil franceses. O presidente francês François Hollande afirma que 40% desses casos são evitáveis. “A prevenção é o melhor investimento”, reconheceu. A luta contra o tabaco terá um plano específico, a ser apresentado ainda no primeiro semestre. O objetivo é reduzir um terço dos fumantes antes de 2019. O preço dos cigarros será a primeira medida. “O aumento na receita não vai beneficiar o Estado, mas constituirá um fundo específico para a pesquisa sobre o câncer e sua prevenção”, disse Hollande.

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