Estatísticas e Análises | 23 de julho de 2018

Sarampo: Brasil tem 677 casos confirmados, diz Ministério da Saúde

Roraima e Amazonas enfrentam surto da doença
Sarampo Brasil tem 677 casos confirmados, diz Ministério da Saúde

O último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, na quarta-feira (18), aponta 677 casos confirmados de sarampo no Brasil. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. De acordo com o balanço, os surtos estão relacionados com a importação da doença. Até o dia 17 de julho, foram confirmados 444 casos de sarampo no Amazonas, 2.529 permanecem em investigação e 147 foram descartados. O estado de Roraima confirmou 216 casos da doença, 160 continuam em investigação e 38 foram descartados.

As Américas foram consideradas livres de sarampo em setembro de 2016, após a ausência da circulação do vírus pelo período de 12 meses. O Rio Grande do Sul confirmou mais um caso de sarampo, em Viamão, na sexta-feira (20). Agora, há 11 registros da doença no estado. Porto Alegre registra oito casos, e ainda 11 sob investigação. Os outros dois registros são em São Luiz Gonzaga, Vacaria.   Antes de ocorrer o processo de eliminação do vírus do sarampo, o último caso confirmado no estado foi em 1999. Em 2010, houve oito casos importados e em 2011 foram sete. Desde então, o estado não havia registro da circulação do vírus de sarampo, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do RS (SES/RS).

Informações básicas, recomendações e prevenção

A doença viral é transmitida pela respiração, e os sintomas aparecem após 12 dias, que incluem: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse e mal-estar. O sarampo requer cuidados e pode levar à graves problemas de saúde, como pneumonia, cegueira e inflamação do cérebro. A atenção ao sarampo é fundamental, porque a doença pode inclusive levar à morte.

A principal medida para prevenir a introdução e disseminação do vírus do sarampo é a vacinação da população suscetível, juntamente com a implementação de um sistema de vigilância de alta qualidade e sensível o suficiente para detectar de forma oportuna quaisquer casos suspeitos.

“Vacinar a população para manter uma cobertura homogênea de 95% com a primeira e a segunda dose da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola em todos os municípios”, recomenda a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). O organismo internacional também recomenda que as os países identifiquem a chegada de estrangeiros e fluxos internos dentro de cada país, para facilitar o acesso aos serviços de vacinação.

A vacina contra o sarampo está disponível desde 1963, em duas doses: uma aos 12 meses e a outra após três meses. A OPAS estima que atualmente 20,8 milhões de crianças ainda não tiveram sua primeira dose da vacina contra o sarampo. Em 2016, a região das Américas foi a primeira do mundo a ser declarada livre de sarampo pela OPAS, mas a doença está de volta no continente.

Campanha nacional de vacinação

Será realizada entre 6 e 31 de agosto, sendo o dia D no sábado, 18 de agosto. O público-alvo da campanha são as crianças de 1 ano a 5 anos de idade. A meta de vacinação contra o sarampo é de 95%. Em 2017, dados preliminares apontam que a cobertura no Brasil foi de 85,21% na primeira dose (tríplice viral) e de 69,95% na segunda dose (tetra viral).

 

Com informações do Ministério da Saúde. Edição do Setor Saúde.

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